sexta-feira, 13 de abril de 2012

Na política é fundamental criar novos líderes

Por Haroldo Gomes
A Ciência Político aplica a essência de formação e manutenção da política à família, por meio da qual os pais procuram preparar seus filhos para mais tarde os sucederem e assim formarem outras famílias. A arte da política também deveria seguir esse ciclo natural da vida. 
É cada vez mais difícil surgir novos lideres na política local, regional e até nacional. O que se vê todas as semanas nos noticiários são muitos parlamentares jogando na lama o prestigio que o poder lhe conferiu. Como fez recentemente o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).  Com as famílias não tem sido diferente, o modelo de criação pós-moderno levou e leva muitos pais a tutelarem os filhos nas mãos da sociedade, na grande maioria das vezes o desfecho é catastrófico.
Na busca pelo poder é comum antes de qualquer pleito surgir uma avalanche de pretensos candidatos prometendo mundos e fundos, a maioria ainda pensa e age com a crença de que pode comprar o mandato. Quem pensa e age assim já passou da hora de rever conceitos. Quem tem aspiração política sabe que esta arte deve ser nutrida dia-a-dia independentemente de ter mandato eletivo ou não. Não é difícil ouvirmos de cidadãos mais esclarecidos que os políticos só aparecem em época de eleição para pedir voto.
A falta de preparo de novos líderes vem gerando conflito na composição de uma possível coalizão. Por isso, há tantas especulações quanto a um nome de consenso que venha suceder o atual prefeito de Castanhal. Mas há quem tenha construído esses valores. Só que vem enfrentando resistência por não ser filho de Castanhal. Aliás, essa premissa não é exclusivamente nossa e não será a última vez. 
Alguém já velou o corpo de um ente sem a presença do mesmo? Claro que não! Então, da mesma forma é na política: não existe aquele que foi ou que será, apenas aquele que é. Muitos nomes podem surgir de paraquedas até o prazo final, mas dificilmente mudarão o resultado das eleições de outubro próximo. 
As divergências em função de ideologias são comuns, tanto na família como na política. Mas não a ponto de eliminar os mais novos de conquistar o poder. Para isso é preciso prepará-los. Mesmo sabendo que a missão dos pais e criar, educar e preparar os filhos para que eles possam caminhar sozinhos. É fato também que ao crescerem eles podem tomar outros caminhos contrários ao ensinados. O que é perfeitamente humano.
2014 está bem aí. Teremos outro pleito. Liderança, carisma, confiança são sinônimos que os eleitores conhecem muito bem e tem peso decisivo na hora de escolher um candidato. Quem aspira um cargo e não tem essas qualidades e ainda esta no campo da teoria da política da véspera é bom se apressar, caso contrário o lugar certo será a permanência na fila de espera.
Artigo publicado na Folha Regional, em abril de 2012.