O Natal que não merecemos!
É necessário (em casos
extremos) chegar ao fundo do poço para que se possa refletir, perceber, onde
houve e/ou há erros e desta forma tentar consertá-los. Nem sempre é possível,
mas sempre bom tentar, para descarrego de consciência. Quando essa premissa é na
politica a fórmula raramente ocorre nessa ordem. Isso quando ocorre!
O descrédito da classe
política brasileira atingiu seu ápice. Não seu fim! Uma construção que perdura
mais de 200 anos. Certamente os congressistas não terão os festejos de fim de
ano dos mais tranquilos. Corrupção pra lá, cassação pra cá, obstrução aqui, protela
ali e o clima de indefinições política se reflete na economia, e o país está do
jeito que está...
Em meio às incertezas, o
cenário revela a cada dia novos personagens graúdos envolvidos em casos de
corrupção, e sem espaço para mais nada que não seja o impeachment da presidente
Dilma e a cassação do presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha, o país
parou literalmente.
As brechas jurídicas
ajudam as manobras politicas a se arrastarem por muito tempo, ao ponto de
concordar com Nelson Rodrigues, “muitas vezes é a falta de caráter que decide
uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos”,
como os que estamos presenciando. Até quando?
Empurra, empurra, dedo
em riste, bate boca, acusações, agressões. A arte da política não é uma tarefa
fácil, afinal, principalmente quando está em jogo a manutenção do poder. Errar
é imperdoável. Entretanto, o pensamento de Hubert Humphrey ameniza a situação
tão corriqueira no país: “errar é humano. Culpar outra pessoa é política”.
Ao
fundo chegamos: quando sairemos? - Eis a questão! O que se sabe é que toda
democracia passa por ajustes; mas é preciso antes de tudo tirar lições para
superar os desafios vindouros. Os nossos de certo não vão parar por aqui... O clima
natalino, mesmo o país em recessão, sugere festa e comemorações, e também
reflexões!##THO HG