sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

CRÔNICA DA SEMANA_11_12_2015_HG

O Natal que não merecemos!


É necessário (em casos extremos) chegar ao fundo do poço para que se possa refletir, perceber, onde houve e/ou há erros e desta forma tentar consertá-los. Nem sempre é possível, mas sempre bom tentar, para descarrego de consciência. Quando essa premissa é na politica a fórmula raramente ocorre nessa ordem. Isso quando ocorre!
O descrédito da classe política brasileira atingiu seu ápice. Não seu fim! Uma construção que perdura mais de 200 anos. Certamente os congressistas não terão os festejos de fim de ano dos mais tranquilos. Corrupção pra lá, cassação pra cá, obstrução aqui, protela ali e o clima de indefinições política se reflete na economia, e o país está do jeito que está...
Em meio às incertezas, o cenário revela a cada dia novos personagens graúdos envolvidos em casos de corrupção, e sem espaço para mais nada que não seja o impeachment da presidente Dilma e a cassação do presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha, o país parou literalmente.
As brechas jurídicas ajudam as manobras politicas a se arrastarem por muito tempo, ao ponto de concordar com Nelson Rodrigues, “muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos”, como os que estamos presenciando. Até quando?
Empurra, empurra, dedo em riste, bate boca, acusações, agressões. A arte da política não é uma tarefa fácil, afinal, principalmente quando está em jogo a manutenção do poder. Errar é imperdoável. Entretanto, o pensamento de Hubert Humphrey ameniza a situação tão corriqueira no país: “errar é humano. Culpar outra pessoa é política”.

Ao fundo chegamos: quando sairemos? - Eis a questão! O que se sabe é que toda democracia passa por ajustes; mas é preciso antes de tudo tirar lições para superar os desafios vindouros. Os nossos de certo não vão parar por aqui... O clima natalino, mesmo o país em recessão, sugere festa e comemorações, e também reflexões!##THO HG

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

CRÔNICA DA SEMANA_02_12_2015_HG

Ajudar preso a fugir de cadeia passou a ser ajuda humanitária!
Pouquíssimas pessoas, em nosso país, conhecem e tem intimidade com as figuras de linguagem e suas funções, embora as usem sem se dar conta. Uma tem se destacado ultimamente pela forma como criminosos, políticos ou mesmo aqueles que são adeptos do jeitinho brasileiro para escapar de alguma situação embaraçosa. Claro que estou me reportando ao eufemismo.
O ainda senador da República Delcídio do Amaral (PT-MT), em sua defesa, alegou que o plano de fuga de um presidiário e amicíssimo seu, Nestor Ceveró, fora por questões humanitárias. Claro, uma tática eufemística de seu advogado, que aparentemente não vai colar. Creio!
É por questões humanitárias como essa que a bandidagem declarada só este ano já tentou pelo menos umas cinco vezes sem sucesso até agora, em planos audaciosos tirar seus próceres de casas penais de nosso Estado. O brasileiro tem a staff de ser bonzinho mesmo; mas essa nova forma humanista de arquitetar e ajudar empreender fuga de bandidos de cadeias fere os princípios constitucionais. Ou seja, é crime!
Maus exemplos como o praticado pelo senador acabam virando cultura, viram banalidade. Na semana passada mais uma tentativa de resgate humanitário foi registrado em uma casa penal do estado que mostrou pra todos verem parentes falando com seus apenados via celular. Isso, celular dentro do presídio! Como assim? Por quê? Uma representação, como a ocorrida com o vazamento de cópia da delação premiada de Nestor Ceveró para o banqueiro André Esteves. Parece replay, mas não é!
O que não é nenhum eufemismo, e sim um pleonasmo, é a fragilidade do sistema carcerário e das polícias no atual cenário. Esses sim precisam de ajuda humanitária; do contrário, todos em potencial somos ou seremos bandidos travestidos de humanitários, face à forma como estão subvertendo os valores.
Para quem teve até dias atrás a liberdade plena e o gozo do poder de representar seu estado no Congresso Federal, agora, alega claustrofobia da prisão; que não seja motivo de liberação para que ele cumpra prisão domiciliar.
Se a justiça acatar a defesa do ainda senador Delcidio do Amaral, o sistema carcerário caminha para o fim, já que todos que têm um parente ou amigo cumprindo pena deverá planejar suas fugas das cadeias: claro que as pessoas de bom senso repudiam atitudes como essa, praticada pelo senador. Estamos assistindo a mais um ato de cinismo e desfaçatez praticada por um de nossos honoráveis representantes engravatados.
A pergunta que não quer calar: até quando vamos assistis situações como essa?##THO HG

terça-feira, 17 de novembro de 2015

CRÔNICA DA SEMANA_17_11_2015.

O contraditório e o avesso
 
Recentemente, um ministro de governo foi questionado sobre sua opinião em relação às acusações feitas ao deputado federal e presidente da Câmara, Eduardo Cunha; ele se posicionou utilizando a argumentação de que “a marca da democracia é o contraditório, ou seja, o direito à ampla defesa. Até ele ser condenado, não cabe juízo de valor”.
Boa estratégia! É o discurso da neutralidade. Porém, contra os fatos não há argumentos. Em tese! O assunto é pauta obrigatória na imprensa e nas rodas de conversas em qualquer lugar. Mesmo para aquelas que não gostam de jogos de azar e de política, de alguma forma já fizeram suas apostas: a maioria acredita que vai terminar em pizza, como a maioria dos casos desta natureza; enquanto que a outra parte, conta os dias e as horas para que Eduardo Cunha perca as prerrogativas de parlamentar e presidente. Vamos aguardar!
Cunha é sisudo e já deixou claro que não mentiu e não deixará o cargo. E se o fizer, levará outros consigo. Uma psêuda confissão!? Existem muitos outros porquês nas entrelinhas: Cunha se declarou oposição à presidente Dilma Rousseff, com o intento de angariar mais status e poder. Desta forma, utiliza o artificio como moeda de troca no aceite ou não dos pedidos de impeachment contra a presidente. É o custo benefício político: o PT não gosta de Cunha; se Cunha não atrapalhar a presidente Dilma, o inimigo fica blindado, e se aplica a lei de Newton ao caso: se não tem ação, não tem reação. Fisiologismos de poder!
No meio disso tudo, do toma lá, dá cá, das hostilidades maquiadas, os dois personagens estão em pé de igualdade, quando o assunto é quebra de decoro e improbidade, ambos são equânimes. Traduzindo: MENTIROSOS.
Os escândalos políticos são inerentes às democracias liberais, como é o caso do Brasil. Após a redemocratização, entra presidente, saí presidente, e os escândalos se evidenciam com frequência, cada um maior e mais grave que o outro. Exemplos não nos faltam.
Os escândalos se devem aos acirramentos dos interesses políticos, partidários e pessoais, em que os embates saltam às artérias, é o vale tudo do poder pelo poder. Cunha e Dilma sabem que suas imagens estão desgastadas, haja vista que a todo instante novos fatos surgem, o que agravam suas situações perante a opinião pública.
Por outro lado, a quantidade e a gravidade de mazelas parecem não ter ainda extrapolado o bom senso, o limite da paciência e da tolerância, tanto que o efeito dos escândalos só tem impacto na mídia; fora dela, não tem surtido o efeito mobilizador capaz de provocar reações maiores, mais contundentes. As repercussões duram até outra surgir, cada vez maior e mais complexa.
Se é de alento que vivemos, uma boa dose veio por meio das revelações feitas pelo ex-presidente Lula, ao admitir recentemente que Dilma e o PT mentiram para ganhar a eleição. Isso todos já desconfiávamos. Se existem pelo menos três verdades, já sabemos da minha e da sua, e quanto a deles? Não se espera que Cunha e Dilma façam o mesmo que seu compatriota populista, que sem saída, ceifou a própria vida para entrar para a história. Mas de qual história estamos falando mesmo?##THO HG

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Crônica da semana_04_11_2015##THO HG

Colares muito além dos Ets 
 
Logo após a travessia de balsa, que dura cerca de 10 minutos, do outro lado do rio, ao pisar em terra firme, avista-se o pórtico dando as boas vindas aos visitantes que chegam a à ilha de Colares, também conhecida como a “Cidade dos ETs”. Em tempos de preços altos de passagens, estadias e alimentação, para outros estados, uma boa pedida é conhecer um pouco mais a nossa região. E como tem opções boas, bonitas e baratas!  
É uma hipérbole pretensiosa devidamente parafraseada à Caetano para se entender um pouco mais a grandeza deste município localizado no litoral do Nordeste paraense: isso aqui, ô, ô é um pouquinho da Amazônia, iaiá, dessa Amazônia que canta e é feliz, feliz...
Atrativos é que não faltam e enchem os olhos de quem vai à ilha pela primeira vez, pela segunda e... De meados dos anos 70 para cá, os ETs (extraterrestres) fazem sucesso na cidade até os dias atuais. A criatura verde é marca obrigatória, sua imagem e nome estão espalhados por toda parte, até casas são personalizadas com réplicas, mais tem ainda ET Pizzaria, Farma ET, Lava jato ET etc.
Colares têm muitos outros fatos emblemáticos que enriquecem a sua história e enchem de orgulho seus moradores. A exemplo das águas que banham a ilha, consideradas santuário de arraias. A prova disso que uma grande variedade de pescado é comercializa próximo ao trapiche a preço módico.
Tanta beleza merece ser contemplada, para isso, basta sentar-se à beira mar, debaixo das árvores frondosas, porém, requer alguns cuidados: como segurar objetos e as cadeiras, caso contrário, o vento os levam. Enquanto isso, as ondas quebram nas pedras e diante de nossos pés. É convite irresistível para dar um mergulho, ou muitos outros.
A tranquilidade e a calmaria chamam atenção de quem vive na correria do dia a dia das grandes cidades; todavia, em Colares o tempo parece passar mais lentamente. Pressa nem pensar! Assim como chegar lá, de Belém até à “Cidade dos Ets” são pouco mais de 100 quilômetros. Para isso, basta seguir pelas Rodovias 140 e 241.
Cercada por muito verde, há também muitos igarapés, em meio à mata fechada, onde a trilha sonora que prevalece é a do vento soprando as copas das árvores; entre um mergulho e outro, o bar está logo ali, suplicando um pit stop. Mas, se beber, não dirija, as leis de trânsito são as mesmas em qualquer lugar do país.
Ao fim do dia, o indicativo de que é hora de retornar para casa ocorre logo após o espetáculo do pôr do sol com vista privilegiada à beira mar, sobre as rochas. No dia seguinte, começa tudo outra vez. Colares tem disso, vale a pena conhecer.##THO HG


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Gerir para não interferir


O substantivo GESTÃO está em voga e ganha cada vez mais destaque em todas as áreas. Em tempos de crise, aplicá-la ao atual contexto é uma necessidade, ou pelo menos uma alternativa para amenizar. A final, como gerir a falta de emprego, de oportunidades, de salário, de motivação para superar o momento crítico?
A língua está em constante movimento, e nós, os falantes, contribuímos diretamente para esse processo contínuo. A maioria das expressões nasce como um mero acaso, ou mesmo intencional. Quando as percebemos, já caiu no gosto popular.
Alguns termos nascem atrelados a determinados conceitos. E de alguma forma tornam-se comuns com a sua utilização ao longo do tempo. O verbete gestão, por exemplo, não é tão novo assim. Segundo estudos, ele advém do período pós-Revolução Industrial. Que quer dizer um ramo das ciências humanas que lida com grupo de pessoas, procurando manter a harmonia entre elas, as estruturas e os recursos existentes.
Ainda no plano das significações, segundo o Aurélio, gestão quer dizer gerenciamento, administração, onde existe uma instituição, uma empresa, uma entidade social de pessoas, a ser gerida ou administrada. Portanto, se levarmos em conta que a família é uma instituição, como geri-la em momentos de crise, como agora? Se errar, titia Dilma retira a bolsa!
Para a maioria das famílias ainda não há estudos e soluções que apontem para uma solução aparente, além de ter que contribuir pagando mais impostos ao governo; nas demais áreas, todos buscam a todo custo reduzir gastos, economizar, otimizar a logística e obter lucro, alcançar o sucesso. Nessa busca desenfreada, até os sentimentos entraram para a lista da gestão.
A temática motivou até o renomado escritor do gênero literário de autoajuda, Augusto Cury, a escrever um livro sob título “Gestão da Emoção”. O qual versa sobre dicas de como gerir bem as emoções, o gasto desnecessário de energia e dá dicas de como trabalhar e expandir as habilidades vitais da inteligência.
Pode ser que a leitura abra não só a mente, como traga o equilíbrio necessário para gerir as emoções e desta forma nos leve a superar a decepção de ter que deixar o status de classe média, de viajar para a Europa e aos Estados Unidos, de ter que tirar o filho da escola particular e devolver à escola pública. Tudo que é bom dura pouco!?
De fato gestão é mesmo útil, até mesmo para gerir arrependimentos. Que o diga a banda baiana Camisa de Vênus, lá nos idos dos anos 1980, ela tinha o discurso de que “o Brasil e o mundo só mudariam o dia que a mulher tomar o poder, tem mais tato, sensibilidade, mais carinho (...)”. A doce ilusão chegou, e não está sendo como se havia pensado. Mudar, só se as conveniências políticas deixarem, do contrário, vamos precisar bem mais da gestão como ferramenta de ajuda das emoções, e quando o assunto for politica, melhor deixar a questão de gênero de fora.
Imagino que na busca por soluções você andou participando de palestras motivacionais, em que o palestrante com aquele discurso otimista de sempre lhe contou que é na crise que se consegue descobrir boas ideias para a superação. Pois bem, se você decidiu vender lenços porque todo mundo está chorando, é bom lembrar que as lágrimas com o tempo cessam, e que na hora de pagar o lenço não abuse dos recursos dos programas sociais. Os excessos das pedaladas fiscais vieram à tona e pode por um fim à farra. A solução: GERIR para não interferir! ##THO HG

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

CRÔNICA DA SEMANA_08_10_2015_THOHG

Quem vai pagar a conta?

Se vivo estivesse, Freud explicaria o momento crítico por que passam a economia e a política brasileira? Até bem pouco tempo atrás o país vivia uma prosperidade aparentemente inatingível: sem miséria; sem fome; sem pobreza; chegando até a emprestar dinheiro aos companheiros de outros países.
Para quem pensa que as coisas estão soltas no mundo, engana-se. Relativamente tudo está conectado, há uma ligação, ou mais de uma. De uma forma ou de outra: com a causa, ou com o efeito.
A violência, por exemplo, é um fantasma iminente. Na condição de animais racionais não fomos preparados para conviver com a barbárie. Mas ela vem atingindo níveis altíssimos, ao ponto de ser definida como guerra urbana sem precedentes. O que isso tem a ver com a economia e a política?
Isso porque ao falar de crise econômica, fala-se de redução de consumo. O dinheiro não circula, e por conta disso muitas pessoas perdem seus empregos, e, no desespero, muitos se inclinam ao mundo do crime, das drogas. Contribuindo para o aumento da violência e das estatísticas.
Nos últimos meses temos assistido perplexamente a centenas de ondas de crimes e assaltos em séries. A maioria dos assassinatos com características de execução sumária. O mundo do crime por mais abominável que seja, tem suas próprias leis. Em geral, quem deve paga com a própria vida.
Mesmo o momento sendo crítico, nem de longe o país vive algo como o Crack de 1929, quando houve a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, que levou centenas de pessoas no desespero a atentaram contra a própria vida; e muito menos com os planos mirabolantes do Governo Sarney. Contudo, o brasileiro perdeu o otimismo, e não se fala numa recuperação de retomada de crescimento econômico em curto prazo.
O governo e sua equipe ministerial só falam em aumentar ainda mais a carga tributária para arrecadar fundos para tapar o rombo da dívida pública em 2016, cifras que ultrapassam os R$ 30 bilhões.
Os três Poderes – que deveriam ser harmônicos – não se entendem e travam uma batalha ideológica em torno de suas conveniências. Enquanto não há dinheiro para reajuste salarial dos servidores públicos, vários órgãos estão em greve.
Cortar a própria carne requer sacrifícios. Mas isso é coisa obstante, fora de cogitação. Barganhas e mais barganhas... Ministros do STF aprovam reajuste de seus salários, enquanto o Senado compra carros de luxo; isso sem contar o que sai pelos ralos da corrupção. 
Não existem milagres econômicos. Poupar e o uso racional do dinheiro público ainda são os caminhos mais simples, a outra, é seguir os conselhos dos economistas: gastar menos do que se arrecada, sempre. Neste quesito, os governos são irredutíveis. Desta forma, gerando saldos negativos, e a conta, acredite, sempre será debitada para o contribuinte. 
Com tantos programas sociais, ajudinhas (pedaladas) a setores mais privilegiados que outros seria miopia não prever que uma hora iria faltar dinheiro. Por conta isso, o retorno da inflação era só uma questão de tempo.
O brasileiro é conhecido pela forma como dá um jeitinho em tudo; só que o momento exige muito mais que isso. Por outro lado, difícil prever o caminho deste cenário de crises, muito menos se o país seguirá o destino da Grécia. Por enquanto, melhor seguir a dica do cantor Ivan Lins: “Desesperar jamais, aprendemos muito nesses anos, afinal de contas não tem cabimento, entregar o jogo no primeiro tempo...”.##THO HG

sábado, 3 de outubro de 2015

Reportagem da Semana_3_10_2015

Usuários de álcool e drogas ganham um 
aliada no tratamento, a horta terapêutica

Para quem pensa que as atividades agrícolas se limitam apenas à zona rural e a plantar, cultivar e colher, esta completamente enganado. Uma experiência inovadora desenvolvida pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II), de Santa Izabel do Pará, no Nordeste paraense, mostra que essa atividade pode ser usada para muitos fins, inclusive como terapia.
O projeto entrou em funcionamento esta semana, e foi batizado como Horta Terapêutica. As técnicas de plantar, cultivar e colher estão sendo usadas como terapia no tratamento de 60 usuários assistidos pelo Centro. A horta tem 556 m² e nas leiras estão sendo cultivadas culturas como a alface, xero verde, pepino, couve, quiabo, feijão e abobora.
Jorge Luiz, de 33 anos, é um dos usuários do Centro. Há quatro anos ele luta para se livrar do vício do alcoolismo em definitivo, segundo ele, “este projeto é muito gratificante, não só para mim, como para meus colegas. Agora, a gente ocupa a mente com outras coisas. Eu entendo que o tratamento não pode ser limitado apenas aos remédios”. Além disso, o projeto tem também o caráter social, que está sendo encarado por muitos usuários como uma oportunidade profissional, “lá fora, a maioria das portas das oportunidades esta fechada para a gente, com as técnicas aprendidas aqui, nós podemos usar como uma profissão e tocara vida dignamente”, completa Luiz.
A horta terapêutica está sendo desenvolvido por meio de uma parceria entre as Secretarias de Saúde e Agricultura do município. De acordo com a enfermeira e coordenadora do Caps, Adriana Oliveira, “eu tenho percebido que eles estão ansiosos e felizes com o projeto; e eu, otimista com relação aos resultados, essa é uma forma diferenciada de tratamento. A ocupação de forma produtiva é importante para cada um dos usuários ao longo do tratamento. Essa uma conquista importante no processo para a ressocialização”.
Por enquanto, a produção colhida vai direto para a panela como complemento do cardápio dos próprios usuários do Centro. Todavia, a coordenação do Caps estuda uma forma de comercializar os produtos, e o que for arrecadado será revestido em benefício dos próprios usuários.

Por Haroldo Gomes 

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Reportagem da Semana_23_09_2015

Conciliação Judicial pode por um fim à greve dos Peritos do IML

 


Em greve deflagrada há mais de um mês e desgastados devido às várias reuniões com o Governo do Estado não terem avançado, a queda de braço pode chegar ao fim após reunião de conciliação agendada para o dia 1° de outubro, em que envolverá as partes, segundo uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado, assinada pelo Desembargador José Maria Teixeira do Rosário.
Essa e outras notícias sobre os avanços conseguidos pela categoria foram repassadas pela Associação de Peritos Oficiais do Pará (Aspop), aos servidores grevistas esta manhã, durante reunião ocorrida no auditório do Instituto Médico Legal (IML), de Castanhal.
Aldecy Moraes, presidente da Aspop, deixou o movimento grevista da cidade modelo mais otimista ao declarar que “tenham calma, e tenham a certeza de que nossa greve é legal e está amparada pela lei, procuramos nos respaldar antes”.  Ele apresentou também uma cópia da liminar que determina que seja mantido 50% dos profissionais na sede e nas regionais em atividades para que possa ser assegurada a manutenção dos serviços considerados essenciais à população.
Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de 32%, realização de concurso público e o retorno da guarda armada para garantir a segurança dos profissionais que trabalham nas regionais. Com relação aos proventos da categoria, segundo o ranking nacional dos salários iniciais, o Pará ocupa a modesta 22ª colocação; quando confrontado com apenas os estados da Amazônia legal, o Pará vai para a última colocação. Ou seja, com salário de R$ 7.337. Enquanto que Rondônia, por exemplo, paga R$ 11.213.
Edson Pantoja, membro da diretoria da Aspop, declarou que esta otimista com os avanços após a intervenção da Justiça, “pode ser que assim o Governo apresente uma proposta que contemple a nossa categoria, porque até agora ele tem sido irredutível. Se isso não ocorrer, a greve será mantida”.
Ainda segundo a diretoria, a proposta de reajuste salarial de 32% pode ser escalonada, ou seja, reajustada gradativamente com 8% ao ano pelos próximos quatro anos, começando a partir de 2016. “Se continuar assim, dentro de aproximadamente quatro anos nossa categoria estará ganhando menos que um investigador de Polícia Civil”, comparou Aldecy Moraes.

Apesar da greve e da falta de pessoal, o IML de Castanhal que atende outros 60 municípios da região Nordeste do Estado, 80% das atividades rotineiras foram mantidas até agora, mesmo assim, aos fins de semana, quando correm muitos acidentes com vítimas fatais, as necropsias estão levando o dobro do tempo para serem realizadas, o que vem indignando os parentes que esperam a liberação dos copos de seus entes para serem velados e sepultados.
O quantitativo de peritos criminais e médicos legistas oficias, do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, representa hoje um total de 370 trabalhadores, para atender a apenas cinco unidades em todo o estado. A recomendação é de um perito para cada 5 mil habitantes, entretanto, no Pará, com o aumento da violência e do índice de mortes, essa proporção ficou de um perito para cada 21 mil habitantes, o que torna na maioria das situação inviável a realização do trabalho com qualidade.
De castanhal, a diretoria da Aspop segue para as demais regionais, mobilizando e informando a categoria. Na sexta-feira e no sábado, ela estará respectivamente, em Santarém e Marabá.##tho hg

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Reportagem_16_09_2015

13% dos brasileiros usam conexão de terceiros, compartilhamento aumenta à medida que a renda diminui
 
De acordo com a pesquisa TIC Domicílios divulgada nesta terça-feira (15), pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), 13% dos brasileiros utilizam como ponto de acesso a conexão de terceiros. E o mais comum é o vizinho. E dá para se dimensionar bem a situação revelada na pesquisa, em municípios como Santa Izabel, por exemplo. A cidade fica na região metropolitana de Belém, e todas as secretarias municipais e a biblioteca pública disponibilizam Wi-Fi grátis aos frequentadores.
A pesquisa foi elaborada metodologicamente por meio de entrevistas com moradores de 19 mil domicílios em mais de 350 municípios de todo o Brasil, entre outubro de 2014 e março de 2015.
Outro dado interessante da pesquisa é que os pesquisadores não questionaram se a conexão compartilhada é autorizada ou não. Mas, durante a abordagem foi constatado que a prática é mais comum entre pessoas que moram nas regiões Nordeste (22%), Centro-Oeste (10%), Norte e Sudeste (ambos com 11%) e Sul (12%).
Contudo, quando o aspecto analisado é a renda familiar, o índice de adeptos da conexão compartilhada aumenta conforme o dinheiro diminui. Os domicílios com renda de até um salário mínimo chegam a 18%, enquanto em casa com renda de mais de dez salários mínimos é de 6%. Portanto, não há tanta disparidade quando o critério analisado é a classe social.
Essa prática vem se tornando cada vez mais frequente por conta da mobilidade, afinal, os aparelhos de celular são inseparáveis. Eles estão presentes em 76% dos domicílios pesquisados, seguido dos computadores de mesa (54%), notebooks (46%), tablets (22%).##THO HG

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Reportagem da semana_12_09_2015

Polícia Civil desarticula quadrilha que fraudava CNH no Pará


A Polícia Civil continua as investigações que até agora já mandou 22 pessoas para a cadeia, todas envolvidas na fraude da emissão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no Estado. Mais uma incursão foi realizada ontem, dia 10, e redundou na prisão de mais 11 pessoas suspeitas de envolvimento em esquema de fraudes.
Segundo informações da Polícia Civil (PC), as prisões fizeram parte da segunda fase da Operação "Galezia", que teve início no dia 20 de agosto em parceria com o Departamento de Trânsito do Pará (Detran-Pa), Ministério Público Estadual, e é realizada em oito cidades do Pará, e também no Tocantins.
Ainda de acordo com a PC outras 25 pessoas, entre servidores públicos do Detran-Pa, ex-servidores, filhos de servidores, despachantes e donos de autoescolas, são investigados e serão indiciados no inquérito policial. E que ainda outras quatro pessoas continuam foragidas. A Justiça determinou o afastamento das funções dos servidores do Detran-Pa suspeitos de envolvimento no esquema pelo prazo de até 30 dias.

Como tudo começou...
As investigações iniciaram com o levantamento feito pela Corregedoria do Detran, que constatou o número de 28 mil processos de transferências domiciliares de Tocantins ao Pará de pessoas que pediram mudança de jurisdição do documento de habilitação sob alegação de mudança de endereço. Metade dos pedidos verificados, eram para cidades do Sul do Pará, principalmente Redenção e Xinguara. Todos tiveram os documentos de habilitação expedidos.
Por conta disso, a operação foi realizada em Redenção, Xinguara, Conceição do Araguaia, Santana do Araguaia, Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu e Tucumã, sudeste do Pará; em Paragominas, no Nordeste do Estado, e na cidade de Pedro Afonso, em Tocantins. Do total de presos até agora, sete são servidores públicos dos Ciretrans do Pará, dois são donos de Centros de Formação de Condutores e uma psicóloga dona de uma clínica em Pedro Afonso.

Como funcionava...
O esquema começava em outros estados, principalmente no Tocantins, que enviavam para as circunscrições de trânsito do Pará processos de expedição de carteira de motorista de pessoas que, segundo a quadrilha, estariam se mudando para o sul do estado.
As pessoas que seriam beneficiadas pela fraude apresentavam comprovações de exames médicos e psicológicos, supostamente feito em outros estados, que eram enviados para o Pará junto com comprovantes de residência forjados, para obter a carteira de habilitação. Centros de Formação de condutores também participavam do esquema, expedindo certificados falsos de conclusão do curso de habilitação.
Com estes documentos, os servidores das circunscrições do estado expediam certificados que comprovavam que as pessoas haviam feito as provas teóricas e práticas de direção veicular sem a presença dos candidatos.##THO HG

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Esse rio é minha rua!  


Com o passar do tempo, as coisas se modificam. Transformando paisagens, pensamentos, comportamentos, as coisas... O rio Apeú - que empresta nome ao Distrito, com mais de cem anos de história - já foi navegável, por onde circulavam pessoas, mercadorias etc.
Hoje, praticamente limitado a um córrego. Em alguns trechos, seu nível não ultrapassa um palmo. Entretanto, em tempos de calor com sensação térmica beirando os 40 graus (como vem ocorrendo agora, ainda tem serventia para os frequentadores, que buscam refúgio nas águas geladas para amenizar o calor).
Durante seu curso, ainda se pode encontrar uma vegetação densa e variada, que combinada à água fria, ainda é capaz de proporcionar momentos de descontração e alívio, ou mesmo, de contemplação à natureza, principalmente aos fins de semana e feriados.

Neste pequeno ensaio, algumas cenas do rio, da vegetação e das pessoas aproveitando o pouco que ainda resta. Que ele tenha vida longa, ou a mesma função como na poesia musicada por Paulo André e Rui Barata, interpretada por Fafá de Belém: esse rio é minha rua, minha e tua (...), e porque não reforçar, enquanto existir, tão somente NOSSO!##THO HG

sábado, 5 de setembro de 2015

CRÔNICA DA SEMANA_05_09_2015

O “salvador da pátria” prepara seu retorno
Lula, enquanto presidente, sempre foi hostilizado pelos jornalistas, em geral, por conta das declarações incoerentes e recheadas de gafes, atropelos à língua portuguesa etc. Cá pra nós: relevável, pois, diante do que estamos assistido e acompanhado nos últimos meses, em Brasília, digamos que as peripécias de Lula viraram fichinhas, em determinados casos, até insignificantes...
É cômico e ao mesmo tempo trágico. Afinal, toda tragédia que se presa tem que fazer vítimas, para se justificar. As crises, a inflação, a recessão estão aqui, massacrando os brasileiros outra vez, ou quase todos, e para tampar os rombos da dívida pública, uma solução fantástica e inovadora do governo: aumentar impostos, a carga tributária. Dando pano às mangas para a queda de braço envolvendo os ministros da Fazenda e do Planejamento. É crise interna? Não é crise? Ministro sai? Ministro fica? Declarações prós e contra!
Brasília pauta o restante do país. De certa forma, as decisões tomadas ou não, afetam a vida dos brasileiros, a exemplo da moral e os bons costumes. Sim, bons costumes. Em meio a uma avalanche de escândalos e crises política e econômica, um grupo de deputadas se sentindo incomodadas com o uso indiscriminado de minissaias e decotes na Câmara, quer lançar projeto para coibir a indecência: uma espécie de código de vestimenta. Hilário! Andar com dinheiro público na calcinha, pode; com decote, não!
A pérola da semana ainda vai repercutir por muitos dias, devidamente protagonizada por nada menos que a mãe do PAC, programa que se encontra travado no momento. A presidente Dilma em discurso ao MST, no Rio Grande do Sul, reconheceu que demorou perceber que a crise é mais grave do que imaginava. Como assim, não imaginava? Onde ela estava durante esse tempo?
A dança das intrigas balança o planalto: mais lenha para aumentar a labareda da fogueira foi colocada com a declaração do vice-presidente Michel Temer. Ele afirmou que com a baixíssima popularidade, será difícil a presidente Dilma Rousseff chegar ao fim de seu mandato. A reação foi imediata.
Por conta desse e outros tantos casos cresce o movimento oposicionista pró-impeachment no Congresso, dentro e fora de Brasília. Michel Temer e o seu PMDB preparam o tiro de misericórdia. Até quando a presidente Dilma e o PT vão resistir?
Palavras têm peso, e quem sabe disso, sabe que a memória é uma boa ferramenta para se rebuscar fatos que implicam com algo ou alguém na história em determinados contextos. Por exemplo, seis meses antes de deixar o comando do país, após dois mandatos consecutivos, Lula dava detalhes sobre sua sucessora, em entrevista a revista IstoÉ. Chegando a defini-la como um “animal político não trabalhado”. Animal que ele lapidou à sua imagem e semelhança. Faltando pouco mais de três anos e meio para o fim do segundo mandato de sua pupila Dilma Rousseff, o que aconteceu para que o país se desalinhasse politico e economicamente? Faz parte do planejamento de Lula, o adestrador de políticos?
Mesmo com seu nome aparecendo nas investigações da Polícia Federal, Lula, o herói nacional e pai dos pobres, ainda ostenta de prestígio e popularidade política, por conta desses e outros indicadores favoráveis, ele prepara mais um grande espetáculo: seu retorno à vida pública. Aí, residem algumas dúvidas: o país resistirá à permanência do PT no poder por mais quatro anos? O que totalizaria 20 anos. O PMDB e um imenso contingente de cidadãos insatisfeitos e decepcionados avaliam de que maneira a mais esse jogo de cena que a política nacional protagoniza?
Desafios à vista: mudança ou continuísmo? 
Eis a questão!


Por Haroldo Gomes

terça-feira, 25 de agosto de 2015

CRÔNICA DA SEMANA_25_08_2015

Um por todos, e todos pelo PMDB! 

A trágica e surreal Lei de Murphy (que vitimou o próprio criador) parece ter tocado definitivamente o coração do vice-presidente da República Michel Temer. Logo ele, um dos mais influentes caciques peemedebistas da atual conjuntura política. Tanto que veio a público pedir ajuda, pedir a união de seus pares no Congresso. Tudo em nome da harmonia, de uma trégua às crises política e econômica, em nome do bem do país.
E na prática, o que isso quer dizer?
Quem conhece o valor da reciprocidade entende que quem quer o bem de alguém ou de uma coletividade faz por onde; não o contrário do que está meramente falando, como fez o vice-presidente. Ou seria o mais óbvio dos paradoxos? Até porque desdobramentos deste tipo são inerentes ao MDB. Isso mesmo, àquele mesmo desde a ditadura militar, que em 1977 ganhou o P. Após a redemocratização provou e demonstrou como não se governa, como não se faz. O ex-presidente José Sarney foi o grande expoente da única vez em que a legenda esteve no comando do país.
Fato é que o PMDB de Temer, de Calheiros, de Cunha, entre outros caciques, está “arredio” com o governo petista e com a governabilidade. Mirando interesses próprios, mais espaço e cargos políticos. É o fisiologismo clássico se fundindo com a relação inimiga necessária.
Renan e Cunha, senador e deputado, respectivamente, travam disputas e vaidades veladamente. O segundo perdeu um pouco de seu fôlego ao ter seu nome citado nas investigações da Lava Jato. As duas Casas empurram para baixo do tapete aquilo que lhes convém. Uma das demonstrações foi a contundente exclusão dos coleguinhas da estrela vermelha das Comissões Parlamentares de Inquéritos – CPIs e a iminente ameaça de trazer à tona verdades que o povo já até imagina, mas que precisam ser reveladas, a exemplo do caso BNDES. Sem contar a tal “pauta-bomba” que vem colocando lenha na fogueira e aumentando a animosidade entre petistas e peemedebistas.
Temer definiu o suposto clima de instabilidade de “crise desagradável”. Muita bondade de sua parte para com seus próceres. As crises e seus reflexos, a que atingiu o bolso do brasileiro de baixa e média renda, que reduziu o poder de compra e de consumo, que se traduz em desempregos, em altas taxas de juros, essa crise sim, já atingiu essas e outras classes. Essa, sim, é desagradável e precisa mais que urgentemente de ação, de uma solução; não de discursos demagogos.
De 1994 para cá o PMDB colocou como mandamento primeiro a premissa de que melhor do que ter candidato é estar ao lado de quem venha a vencer. Seja qual for o lado, a regra do jogo é essa. O PMDB apoiou FHC (PSDB). Com Lula já eleito, passou a namorá-lo antes mesmo da posse, permanecendo na aliança até hoje. Porém, nos dois mandatos de Dilma Rousseff passou a exerceu sua maior peculiaridade: dividir para confundir e, enfim, reinar. O seu poderio não deixa dúvidas disso. A sigla tem 17 senadores, ou seja, quase 25% da Casa. Além de 66 deputados federais na Câmara. Comanda 7 estados e 6 ministérios. Tem 1.024 prefeitos, e 7.825 vereadores. A tradução literal do partido: muito grande e influente. Porém, sua façanha é representar suas próprias conveniências.
Colocar Michel Temer para a articulação política do governo com os demais partidos foi como colocar o coelho para tomar conta da plantação de cenouras. O hilário disso tudo é que o próprio Lula, quando ainda era presidente já sabia muito bem das virtudes do parceiro (in)desejado. Chegando a declarar que “SEMPRE, qualquer que seja o governo, terá que trabalhar com o PMDB”.
Desgastado pela falta de apoio da presidente Dilma e de alguns ministros, Temer ameaçou deixar o cargo na semana passada, concretizando sua saída da função nesta segunda-feira (24). Apesar da encenação cômica, eles se merecem. Certo mesmo é que por enquanto o PMDB come pelas beiradas mirando o papel principal. Alguma dúvida?
Por Haroldo Gomes

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Crônica da semana_12_08_2015

Sobressaltados!

A violência urbana é um “fantasma” real que não se sabe quando, onde e hora vai nos provocar susto, raiva, desespero, insegurança, sensação de impotência. Sabe-se que em potencial todos estamos suscetíveis a nos tornarmos, cedo ou tarde, vítimas dela, e entrarmos para as estatísticas. Que cresce avassaladoramente a cada instante...
Refiro-me às estatísticas em grosso modo, não a das polícias e órgãos de segurança pública. Afinal de contas, a maioria da população já criou o senso de que não dá em nada mesmo registrar ocorrência; até porque talvez não dispunha de tempo e paciência suficientes para ir a uma delegacia formalizá-la. Na maioria das vezes, fica por isso mesmo.
Até existem locais definidos como áreas de riscos. Porém, assaltos hoje em dia acontecem no atacado em qualquer lugar, a qualquer hora do dia ou da noite: na parada de ônibus; dentro de universidades; em lojas; na rua e até na frente de casa. Quem já adquiriu o cartão fidelidade vítima de assaltos ironiza a situação afirmando que tem que andar com a taxa do “pedágio”; para quem teme a reação violenta dos ladrões e sabe que pode ser ainda mais danosa, caso não tenha nada para ele nos subtrair.
Quem já foi vítima seguidas vezes, certamente já desenvolveu técnicas para tentar amenizar o drama na hora da abordagem dos larápios. Coisas do tipo: andar com dois celulares, sendo que o possante vai dentro da cueca, ou da calcinha, aquele mais velho, já desgastado, fica à mostra e é logo surrupiado; andar com bolsa e muitos objetos nem pensar! Ah, sim, sempre que tiver o trocadinho, deixe-o separado direto no bolso, para facilitar!
Fugir é quase impossível! Ficar em casa é tornar-se prisioneiro. Cada um procura e desenvolve maneiras de tentar amenizar a situação. Depois das câmeras de filmagens e sua tradicional frase de efeito: “Sorria, você está sendo filmado”, agora, casas e comércios são gradeados; seguranças armados a postos; alarme; cercas elétricas e para quem tem capital para investir, até porta giratória com detector de metais estão sendo instaladas em pequenos comércios. Isso mesmo! Para comprar um quilo de açúcar, a partir de agora, na quitanda do seu país do futuro, objetos de metais nem pensar, ou não vais passar e ter que ir comprar em outro lugar. Que pode ser a quitanda do seu país de todos!
Cada contexto tem roteiro próprio. Diferentemente de outras épocas, inclusive de crise econômica, como agora. O diferencial é que no momento a vida parece ter perdido seu sentido, seu valor, isso, claro, na visão dos ladrões, que além de roubar, matam suas vítimas (latrocínio). Desfechos deste tipo são cada vez mais comuns durante assaltos, mesmo quando as vítimas não esboçam reação alguma, acabam sendo mortas, atiradas ou esfaqueadas...
Tanta violência, tantos assaltos alimentam as páginas dos jornais adeptos do gênero noticioso; seguem este caminho as rádios, as emissoras de TV e o web jornalismo. Midiaticamente, reproduzem a máxima de que a violência gera mais violência. Do contrário, virou espetáculo!
Se tem um lugar onde todo nós, cidadãos de bens, nos encontramos neste contexto, esse lugar é a esfera pública dos sobressaltados. Está é a palavra mais apropriada para definir o momento. O verbete, segundo o dicionário da Língua Portuguesa, quer dizer: estupefato, pasmado; aflito, inquieto. Além disso, tem como sinônimos: alarmado, desassossegado e inquieto. Então, precisa dizer algo mais?
Publicado no jornal A TRIBUNA DE CASTANHAL, ED 276 - na Coluna Apêndice, página 3.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Reportagem_30_07_15

VERÃO, FÉRIAS: adeus que nada!     
             
Embora o mês de agosto comece somente neste sábado, dia 1°. Muita gente se recusa dizer adeus ao período de férias escolares, afinal, a rotina das aulas só retorna às atividades na segunda (3). Todavia, para quem ainda tem dinheiro no bolso e disposição ainda há pela frente mais um fim de semana para aproveitar o clima quente, atrativo e mais que propício para buscar diversão nas muitas praias no litoral paraense, além das centenas de balneários de água doce que banham a região.
            
Opção
Para quem gosta de tranquilidade, uma ótima opção é a praia da Curvina, em Salinópolis, no Nordeste paraense. São mais de três mil metros de orla à beira mar, espaço à vontade para brincar, se bronzear, apreciar o clima do mangue, o verde das árvores, o silêncio, diante de muita água fria e altas ondas. Todo esse privilégio se da por conta de que no local não há acesso de veículos, além disso, os banhistas tem que caminhar por cerca de 300 metros, que compreende a ponte de acesso sobre o mangue e mais uma faixa de areia, e pronto. O resto é diversão garantida!
Se por um lado a distância e ter que carregar os apetrechos necessários até à margem são encarados como problemas, ao chegar lá, a visão privilegiada e recompensadora. No local, há serviço de restaurantes, oferecido pelos barraqueiros, além de bebidas e sucos.
Ao contrário da praia do Atalaia, onde carros e motos circulam tranquilamente em meio aos banhistas, e ainda poluem sonoramente o ambiente com a barulheira produzida pelos carros-som, na Cruvina, o DJ é a natureza e a música que lidera as paradas de sucesso é o barulho do vento quebrando as ondas e nos rostos que quem ali vai procurar descanso, tranquilidade e aproveitar a natureza.
No final de semana passado, considerado o último, a movimentação foi tranquila, de pouca gente. Se você vai seguir para lá, o clima está mais que propício, segundo o site clima tempo, a previsão é de temperaturas elevadas para os próximos dias: a mínima é de 16° e a máxima varia de 29° a 30°. Agora é pegar a estrada.  Boa viagem. Ah, se beber, não dirija. Aproveite.##THO HG

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Reportagem do dia_24_07_2015

Sexta-feira de pouca movimentação
 
Quem pôde viajar hoje, sexta-feira dia 24, para as praias e balneários da região Nordeste, fez uma boa escolha. No terminal rodoviário da cidade a movimentação foi fraca. Entretanto, encontramos o vendedor Albenor da Silva (44) de malas prontas para Marudá. “É o último fim de semana, por isso pedi dispensa ao patrão. Vou descansar e me divertir um pouco que ninguém é de ferro”, conta.
Pouca movimentação também na rodovia BR 316. Na barreira da Polícia Rodoviária Federal, em Apeú, passavam pouco mais 40 carros por minutos, segundo informações dos agentes que estavam de plantão. Nas paradas de transporte alternativo ao longo da cidade a cena se repetiu. A grande movimentação de veranistas mesmo é esperada para agora, no fim da tarde e início de da noite.##THO HG