quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Diário de férias 2011: ano que vem tem mais?


By Haroldo Gomes

Todo ano é sempre a mesma coisa durante o mês de julho, quando ocorre as férias escolares. Mesmo quem não é mais estudante arruma as malas, nem que seja aos finais de semana e se manda em busca de diversão nas prais e balneários. O período coinside com o verão que combina com outros ‘aumentativos’: longas filas; sobrepreços e, claro, uma boa dose de paciência para não estragar a diversão.
Um amigo da família veio do Centro-Oeste ao nosso estado com a intenção de conhecer as praias de Marudá e Algodoal. Como diz aquela canção do Jota Quest, “onde haja sol é pra lá que eu vou”.
Pois bem, fomos e levamos o amigo. Logo na primeira noite, na orla, ao som de um trio-elétrico e de muitos carros-som parecia tudo normal.
Na multidão, nem todos buscão diversão e tendem a estragar a pretensão da maioria. Lá pelas tantas rolou tiros e muita correria. Resultado: uma pessoa moreu. É. Morreu! O algós foi encontrado morto dois dias depois. Sem contar as muitas pessoas que foram assaltadas. Casos para a Polícia. Acho!
Bem, amanhã será outro dia. Disse amim mesmo.
Com o preço das loiras às alturas, fomos em busca de um local que praticasse um valor mais em conta. Não teve jeito. Mas, o bom freguês a casa retorna. Com essa lógica conseguimos amizade com um barman, e a partir do segundo contato, o atendimento e os preços caíram. Encontramos um bom local!
Porém, antes de chegarmos ao destino enfrentamos, assim como todos os veranistas que seguiram para aquela região, alguns percalços. Então, lembrei da onda de escândalos no DNIT. Certamente, cansados de esperar pelo poder público, a maioria das famílias que mora às margens da rodovia que liga aos municípios de Curuça e Marapanim encontrou um meio de reduzir o índice de acidentes colocando trincheiras na estrada. Digo tricheiras porque quem as chama de quebra-molas não tem a noção dos mostrengos feitos em concreto em forma de retângulos. Um verdadeiro atentado aos veículos e aos condutores, já que não há sinalização.

Mas nem tudo é lamúria. Assim como na ficção das nossas telenovelas, onde tudo acaba bem, encontramos um pouco de paz, preços módicos e muita diversão. Claro que estou me referindo a Algodoal. Apenas 40 minutos separa este pedaço do paraíso de Marudá. Ainda bem que lá não tem carro-som e tanta violência. Ano que vem tem mais..!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Imprensa na berlinda: atrás dela só não vai quem não tem interesses.

by Haroldo Gomes
Muitos profissionais de mídia têm o entendimento de que a imprensa representa o quarto Poder. Se colocada sobre o prisma do corporativismo como vem ocorrendo com a grande imprensa paraense há sentido tal afirmação. 
A relação promíscua com os demais Poderes a levou ao desvio de suas funções. O caso do escândalo na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), por exemplo, o Dário do Pará e O Liberal, tentam a todo custo blindar o ex-deputado Domingos Juvenil e o senador Mário Couto. Por quê? Qual o motivo?
Enquanto o Legislativo faz vista grossa, o Executivo alicia o Judiciário com a farta distribuição de assessorias especiais para parentes de desembargadores. Ao todo, já foram distribuídas 450. Se continuar assim logo, logo a generosidade ‘tucana’ vai superar o governo petista, que chagou ao montante de 1.500 assessorias especiais durante os quatro anos.
Enquanto o foco do escândalo é desviado para os ‘peixes pequenos’ que engrossam as manchetes dos dois jornais todos os dias, o grupo RBA da família Barbalho troca acusações virulentas com os Maioranas por meio de seus editoriais.
Enquanto os interesses e as omissões vão sendo empurradas para baixo do tapete da impunidade as denúncias sobre as generosidades de Jatene com os parentes de desembargadores foram feitas pela revista ISTOÉ. Foi necessário que alguém viesse fazer o que deveria ser um papel da imprensa paraense: levar ao conhecimento dos paraenses mais um fato envolvendo desmandos políticos para se somar aos tantos outros já evidenciados.
Nas últimas semanas o assunto vem perdendo o foco nas mídias impressa e televisiva, restando às redes sociais por meio de blogs, a exemplo do jornalista Augusto Coelho, trazer à luz novos fatos envolvendo personagens até agora – digamos, quase - intocáveis.
Na contra-mão dessa cultura nefasta não faz mal relembrar a resistência de jornalistas que defenderam e defendem uma imprensa livre e crítica, a exemplo de Haroldo Maranhão, cujo pensamento se une ao do cartunista Millôr Fernandes quando afirma que “jornalismo é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”.