sexta-feira, 25 de novembro de 2011

“Valorização das merendeiras” leva Castanhal à conquista de 4° prêmio nacional

Das oito edições realizadas do “Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar”, Castanhal faturou quatro prêmios, em 2006, 2007 e 2008. O mais recente foi entregue nesta quarta (23), durante cerimônia em Brasília. Na manhã do dia seguinte, já em Castanhal, o prefeito Hélio Leite exibia o troféu e um diploma durante uma coletiva à imprensa, quando atribuiu a conquista a todos que direta ou indiretamente fazem a grandeza do município modelo.
Do universo de 1.082 concorrentes de todo o País, 22 municípios foram premiados. Castanhal sagrou-se vencedor na categoria “Valorização das merendeiras”. Ao todo, são beneficiados mais de 50 mil alunos distribuídos em 95 estabelecimentos de ensino do município. Para suprir esta demanda são direcionados R$ 218.15,00 de recursos transferidos do Governo Federal, e o restante é da contra partida do município na ordem de R$ 389.875,00.
O prêmio é o reconhecimento do investimento feito nesta categoria. Anualmente elas recebem treinamentos, equipamentos de trabalho, assistência médica, além de cursos de libra para melhor se comunicarem com os alunos portadores de necessidades especiais.
“Quem saiu vencedor deste prêmio foi a cidade de Castanhal, que dá exemplo para a região Norte do Brasil, dos alunos que podem contar com uma merenda de qualidade, das merendeiras pelos seus esforços. Eu quero pedir a Deus forças para trabalhar para que no ano que vem possamos estar aqui novamente mostrando o quinto troféu deste tão importante concurso”.
O prefeito lembrou durante a coletiva que a iniciativa foi fruto do empenho do ex-secretário de Educação do município, Luiz Paiva, que faleceu neste segundo semestre. E que vai continuar na gestão do atual secretário, professor José Lucas Neto.
Por Haroldo Gomes

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

E agora, ministra?

by  Haroldo Gomes
Mais polêmicas à vista em Brasília envolvendo, agora, questões relacionadas a valorização da mulher. Quem está no front é a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes. Tudo por conta de uma peça publicitária de lingerie protagonizada pela modelo Gisele Bündchen. Segundo a ministra a propaganda é “sexista”, preconceituosa e induz as mulheres à submissão. Par ela não se trata de censura, entretanto, solicitou ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) que tire do ar o comercial “Hoppe ensina”.
Antes mesmo da era da superexposição da imagem [a qual vivemos hoje] a figura feminina já despontava associando sua imagem a diversos produtos. Ou seja, ao longo do tempo virou cultura. Se perguntarmos as mulheres e seus corpos esculturais se elas pensam da mesma forma que a ministra, certamente a resposta será não. Afinal, imagem é tudo para o mercado publicitário e para modelos e artistas em geral que vivem disso.
O luta quase solitária da ministra Iriny é tão utópica quanto a cultura das paredes de borracharias pelas estradas País afora. Imaginemos um caminhoneiro entrando em uma borracharia e se deparando com as paredes sem calendários de mulheres nuas? Ora, duas coisas podem ter acontecido. Primeiro, a borracharia fechou; segundo, tornou-se uma Igreja Universal.
A publicidade brasileira está entre as melhores do mundo. E a cada dia melhora ainda mais. E a visão da ministra não poder ser limitada apenas à propaganda. O que fazer com as dançarinas de bandas de brega e de forró, que roubam a cena em qualquer palco? Comerciais de cervejas, mulher; de carros: mulher; até de barbeador tem mulheres como pano de fundo ilustrando o apelo ao consumo.
Numa coisa a ministra tem razão: “a publicidade é do produto, e não da mulher”. Mas quando uma empresa contrata uma agência de publicidade para elaborar o comercial ela exigi quem deve se tornar o referencial para a marca ou produto de sua empresa.
E quem vai estrelar exige o quanto quer ganhar. Para isso não quer saber se estará ferindo a ética ou a visão moralista de outrem.  Assim como ocorreu com Gisele, que além da “Hoppe ensina”, estrela também a campanha publicitária da Sky, enquanto ela limpa o chão o maridão se liga na programação da TV não dando a mínima atenção à esposa.
Não sei se todo mundo vê e pensa como a ministra. Mas cultura são valores e costumes que se renovam; mas que raramente se acabam.