quarta-feira, 30 de maio de 2012

As mídias sociais e a política castanhalense



(*) Por Haroldo Gomes
Desde que o presidente Barack Obama atribuiu sua vitória às mídias sociais nas eleições americanas de 2008, que elas vêm ganhando espaço e sendo decisivas em embates políticos e propiciando maior visibilidade aos candidatos, em qualquer que seja o pleito. O grande protagonista por essa estratégia de marketing político é o Facebook. Explicar esse fenômeno fica fácil quando de se observa a quantidade de adeptos espalhados pelo mundo, já são mais de 500 milhões.  Só no Brasil, são 25 milhões.
Nas eleições municipais deste ano os blogs, o twitter e o Facebook continuarão a imperar na definição dos candidatos vencedores, tanto no executivo quanto no legislativo. A presente análise é baseada na ampla audiência com que os pré-candidatos e seus eleitores postam comentários diariamente. Inclusive, há comunidades específicas que tratam do assunto.
Com as mudanças promovidas pela Justiça Eleitoral que passou a proibir os candidatos de distribuírem brindes e de realizarem comícios com megashows etc. fez com que os políticos estabelecessem novas táticas de fazer campanha.  
Assim que começou a definição dos nomes dos pré-candidatos a prefeito de Castanhal teve início as postagens com entonações fervorosas. Algumas provocativas, outras até ofensivas. Ao contrário do que muitos pensam, mesmo sendo um território pertencente ao mundo virtual, para excessos considerados crime, há penalizações previstas em lei.
A maioria dos vereadores da atual legislatura, inclusive o prefeito, tem conta no Facebook. Suas atividades quando divulgadas recebem centenas de comentários, o que reforça que as mídias sociais a partir de sua liberação como objeto de campanha tornar-se-á o principal palanque dos candidatos que disputam o pleito deste ano.  
Engana-se o político que acha que as mídias sociais são as únicas vias de fazer campanha. Ela facilita a comunicação, mas deixa ainda mais distante o contato físico entre eleitores e os políticos. Queixa eterna. Afinal, a maioria realmente só aparece em período de campanha.
O conflito entre o real e o virtual é um capítulo à parte. O eleitor sabe que é soberano e que lhe cabe estabelecer critérios que favoreça a escolha correta dos merecedores de seu voto nas eleições de outubro próximo.
(*) Jornalista graduado pela Universidade da Amazônia e servidor público municipal.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Indignação


Brasil, mostra tua cara,
queremos saber quem gasta e como o dinheiro público para ele ser assim?
Brasil, o teu sócio não confia mais em ti!
Quem paga essa dinheirama somos nós.
Quem os elege também.
Tá passando da hora de dar um basta.!??

by Haroldo Gomes

terça-feira, 15 de maio de 2012

Agora é o bendito celular


By Haroldo Gomes
Os celulares se tornaram acessórios inseparáveis para qualquer pessoa hoje em dia. Mas eles não são utilizados apenas para facilitar a comunicação entre pessoas. Além das muitas funções habituais uma vem se destacando: o formato MP3 - que significa MPEG Audio Layer-3 – que possibilita ouvir música com ótima qualidade. Mas quando são utilizados inadequadamente geram muitas reclamações.
Não sei porque os donos de aparelho de celular com memória acima de dois gigas com bastante espaço para armazenar músicas gostam de se exibir. O fato é que para onde a gente se vira tem alguém predisposto a nos incomodar, não só com o volume as alturas, mas, também, pelo gosto musical. 
Quem não mora perto de um bar ou de um vizinho chato metido a DJ, que aos finais de semana coloca as caixas de som do lado de fora da casa, liga o som as alturas e passa o dia brincando de infernizar nossos domingos e feriados, esse lugar é o paraíso aqui na terra.
Depois de tudo isso, vem à segunda-feira em que a gente levanta bem disposto para enfrentar a semana de trabalho como de costume. Ao subir o coletivo percebe a barulheira outra vez: “treme, treme, treme... bate na palma da mão (...)”. As mesmas músicas, a mesma ordem. Dá vontade de pegar o celular do individuo e quebrá-lo. Como será confusão na certa é melhor oferecer um fone de ouvidos para amenizar a situação.
Outro dia peguei uma van rumo à capital, dentro vinha um cidadão torturando os demais passageiros com aquelas musiquinhas de sempre: “treme, treme, treme... bate na palma da mão (...)”. Mas faltava algo para a viagem ficar completa. Sobe, então, outro passageiro, agora, muda o gênero, mas o barulho só aumenta. “Eu sou de Jesus, eu sou de Jesus (...)”. É a guerra sonora entre o religioso e o profano, eu e os demais passageiros, ali, indefesos, sem podermos fazer nada. No máximo, tapamos os ouvidos com as mãos.
Não existe lei para coibir o uso de celulares com MP3 as alturas em locais públicos ou mesmo privados. Enquanto nossos legisladores não pensam nisso, a situação é amenizada por atos e atitudes de pessoas de bom senso. Digo isso porque recentemente entrei em uma van e fiquei assustado com o tamanho silêncio. A princípio achei estranho, só depois vi que havia adesivos bem incisivos com os dizeres: “PROÍBIDO USO DE CELULAR COM MÚSICA NESTE VEÍCULO”. Assim minha viagem se tornou mais tranquila. Pena que na maioria das vezes isso não ocorre. Mas que é um bom exemplo a ser seguido, isso é.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Meu genro é vascaíno


Que camisa estranha. Preta. Sombria. Mas tem gente que gosta e torce para o time. Meu genro, Marcos, por exemplo, é um deles. Dizem que genro não é parente. Se for verdade estou salvo deste carma familiar.
Recentemente, estivemos conversando sobre a decisão do segundo turno do Campeonato Carioca. Eu, claro, apostei que o mengão seria o campeão; ele [o genro] encheu a boca e disparou: “quem vai ser campeão é o meu vascão”. Eis que surge o pai dele na conversa, seu Geraldo, um cidadão alto, boa praça, que faz Faculdade de Direito, mas que torce para o Botafogo. “Vocês estão enganados, quem vai ser campeão este ano é o meu fogão”. Em partes ele estava certo, já que, o Botafogo conquistou a Taça Rio. Se vai ser campeão Estadual é outra história. E como tal, não quero e não devo opinar. 
Já falei que vou dá uma camisa do Flamengo pro meu neto, Pedro César, que tem 3 anos. Mas o pai se mostra irredutível e reluta em não aceitar. O primo dele, Rafael, que é flamenguista de carteirinha já deu uma, e o Marcos a queimou. Temo que ele faça a mesma coisa.
Após a derrota de 3 a 2, que nos deixou de fora da decisão, tive que aturar suas gozações. Então, eu o lembrei de que um jogo não representa um título, mas ele sucintamente me respondeu: “vencer vocês pra nós é um título”. Mais um ponto pro genro. E não é só ele, todos estão afinados com o mesmo discurso, tanto que ouvi o argumento descabido do Laíre [do Gordon’s Bar] e do Jean [baixista da Estado Civil].
Vou deixar de malhar o Marcos de que o time para o qual torce não é mais vice. Afinal, baseado na tese deles próprios, perdemos duas vezes, logo, eles se tornaram bicampeões ao nos vencerem duas vezes pelo estadual deste ano.  
Já adverti meu genro e os demais simpatizantes vascaínos que o ano não acabou. Ainda tem pela frente o Brasileirão. Teremos duas chances de recuperarmos os títulos. Caso contrário, terei que aturar meu genro e o seu jargão de que: “meu vascão é o melhor”.  
Por Haroldo Gomes