(*) Por Haroldo Gomes
Desde que o presidente Barack Obama atribuiu sua vitória às
mídias sociais nas eleições americanas de 2008, que elas vêm ganhando espaço e
sendo decisivas em embates políticos e propiciando maior visibilidade aos
candidatos, em qualquer que seja o pleito. O grande protagonista por essa
estratégia de marketing político é o Facebook. Explicar esse fenômeno fica
fácil quando de se observa a quantidade de adeptos espalhados pelo mundo, já são
mais de 500 milhões. Só no Brasil, são
25 milhões.
Nas eleições municipais deste ano os blogs, o twitter e o
Facebook continuarão a imperar na definição dos candidatos vencedores, tanto no
executivo quanto no legislativo. A presente análise é baseada na ampla
audiência com que os pré-candidatos e seus eleitores postam comentários
diariamente. Inclusive, há comunidades específicas que tratam do assunto.
Com as mudanças promovidas pela Justiça Eleitoral que passou
a proibir os candidatos de distribuírem brindes e de realizarem comícios com
megashows etc. fez com que os políticos estabelecessem novas táticas de fazer
campanha.
Assim que começou a definição dos nomes dos pré-candidatos a
prefeito de Castanhal teve início as postagens com entonações fervorosas.
Algumas provocativas, outras até ofensivas. Ao contrário do que muitos pensam,
mesmo sendo um território pertencente ao mundo virtual, para excessos
considerados crime, há penalizações previstas em lei.
A maioria dos vereadores da atual legislatura, inclusive o prefeito,
tem conta no Facebook. Suas atividades quando divulgadas recebem centenas de comentários,
o que reforça que as mídias sociais a partir de sua liberação como objeto de
campanha tornar-se-á o principal palanque dos candidatos que disputam o pleito
deste ano.
Engana-se o político que acha que as mídias sociais são as
únicas vias de fazer campanha. Ela facilita a comunicação, mas deixa ainda mais
distante o contato físico entre eleitores e os políticos. Queixa eterna. Afinal,
a maioria realmente só aparece em período de campanha.
O conflito entre o real e o virtual é um capítulo à parte. O
eleitor sabe que é soberano e que lhe cabe estabelecer critérios que favoreça a
escolha correta dos merecedores de seu voto nas eleições de outubro próximo.
(*) Jornalista graduado pela
Universidade da Amazônia e servidor público municipal.