quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Carnaval do Parazão é no interior!



by Haroldo Gomes
O Carnaval é uma festa que contagia as pessoas, independentemente de idade. É também época em que muita gente aproveita o feriado prolongado, e geralmente troca a capital pelo interior, onde a festa tem outros requintes. Neste Carnaval, por exemplo, Remo, Paysandu e Tuna não vão aproveitar essas benesses. Pois, juntos, integram o bloco dos eliminados.
Os que estão em voga e com vaga assegurada para entrar na avenida da decisão são Águia de Marabá e Cametá, este segundo conhecido como Mapará. Que deve estar atravessado na goela do Leão até agora. Logo, conclui-se que águia e peixe serão as fantasias mais usadas neste Carnaval tipicamente interiorano, pelo segundo ano consecutivo. Tá virando cultura.
No Brasil, Carnaval e futebol andam de mãos dadas, uma combinação quase perfeita. Para curtir a folia de ser finalista do primeiro turno do Parazão deste ano, Águia e Cametá tiveram que eliminar Remo e Tuna, respectivamente, de forma traumática, amparados pelo regulamento da competição que lhes deram a chance de jogar por dois empates.  
Se a festa mais popular do País mudou de cenário, definitivamente, em nosso Estado, ainda é cedo para fazer tal afirmação. Certo mesmo é que o Mangueirão que sempre foi palco das grandes finais do certame estadual encontra-se adormecido, assim como os clubes grandes da capital. Um fato é certo: atrás do título do primeiro turno do Parazão 2012 só não vai quem foi eliminado.
Não se deve confundir a abstinência de títulos dos grandes clubes com o período da Quaresma. Caso contrário as aspirações pelo segundo turno e o título do Estadual vão ser encarados pelos torcedores como um pecado sem perdão.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O RPM está de volta, agora, com revoluções eletrônicas


by Haroldo Gomes.
O RPM está de vota ao batente com o CD Elektra, lançado em 2011. O quarteto conta com a mesmo formação de 25 anos atrás, liderado pelo baixista e vocalista Paulo Ricardo. Completam o naipe Paulo Pagni (batera), Luiz Eschiavon (teclados) e Fernando Deluqui (guitarra). Embusca de abandonar o senimento nostaugico oitetista, eles radicalizaram produzindo um trabalho com batidas eletrônicas misturadas à pegada rock. Por algns instantes tive a sensação de estar ouvindo Pet Shop Boys.
Elektra é um CD duplo com produção de Paulo e Schiavon. O primeiro traz as músicas inéditas, o outro as canções que fizeram da banda uma referência no cenário roqueiro nacional. Se a batida a princípio nos deixa desconfiados, por outro lado, as letras trazem o otimismo deque nem tudo está perdido, quando o assunto são mensagens atuais e críticas. Estética musical quase em desuso hoje em dia.
Particularmente a canção que nos remete à qualidade das letras, característica peculiar da banda, sem sombra de dúvidas é “Muito tudo”. A locução adverbial do título nos dá uma dimensão de exageros e contrastes sociais, típicos de países emergentes: “É muita informação e pouco conteúdo, é muito grave, muito médio, muito agudo, é muita pretensão e muito pouco estudo (...) eu queria mudar o mundo pra você, mas às vezes sinto que o mundo muda por quê?”.
Para os integrantes da banda, a mudança é rotulada como uma roupagem moderna. Paulo Ricardo preferiu definiu assim: “O rock é um clássico. A música eletrônica é jovem, tem idade para ser filha dele. É uma linguagem que se renova rapidamente. Então, este update eletrônico no que a gente faz é natural”.  
Das 13 faixas do novo trabalho apenas cinco foram disponibilizadas pela banda para ser baixadas pela internet. Só agora o CD começou a bombar entre os fãs e admiradores da banda. O trabalho tem ainda hits como “Dois olhos verdes” e “Crepúsculo”. Vale a pena conferir.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Você já sabe em quem vai votar para prefeito?

by Haroldo Gomes

O prefeito Hélio Leite provocou um ataque de risos na platéia presente à sessão solene da Câmara, por ocasião das comemorações do aniversário dos 80 anos de Castanhal, ao fazer a seguinte declaração: “muitas pessoas me param na rua e me perguntam quem será o meu candidato a prefeito? Eu respondo: faltando menos de um ano pro fim do meu mandato, se eu disser agora, vocês vão atrás dele e vão me deixar no esquecimento”, (risos).
Uma das características do governo ‘Tucano’ é montar bases de sustentação política nas cidades-pólo do Estado e ter o controle da situação e facilitar a governabilidade. Principalmente agora que os separatistas estão mais irritados com a derrota no plebiscito, que apontou o NÃO como vencedor. Castanhal é o quinto colégio eleitoral do Estado, e Jatene sabe muito bem a importância que a cidade represente para a consolidação de seu projeto político.
Nesse contexto, o nome de Márcio Miranda, médico, capitão PM, deputado estadual e líder do governo na Alepa desponta como candidato certo para suceder Hélio Leite pelos próximos quatro anos.
Conhecido o indicado do governador Simão Jatene e de Hélio Leite, fica a dúvida: quem será o vice? Nomes não faltam como opção. Assim como Hélio segurou o nome de Jucivaldo Nascimento como seu vice até os acréscimos do segundo tempo nas eleições passadas, a mesma tática vem sendo executada com sucesso agora. O tema é motivo de debate em todos os lugares da cidade, inclusive nos corredores da Prefeitura e das secretarias.
DEM e PR são aliados, logo, fica fácil deduzir que o nome a ser escolhido será do Partido da República, e neste caso, o nome do atual presidente da Câmara de Vereadores, Nivan Noronha, soa com certa harmonia nos bastidores. Embora não seja assumido em público por ambos os grupos políticos.
Mesmo com as escolhas eventualmente definidas, pretensos candidatos de outras legendas, como o PMDB e o PT, não abrem mão de lutar pela cadeira mais importante da cidade. O que pode deixar o pleito mais competitivo; mas que dificilmente mudará o resultado das urnas em outubro próximo.