quinta-feira, 8 de julho de 2010

Peculiaridades nos bastidores de A TRIBUNA

by Por Haroldo Gomes

Todo veículo de comunicação que se preze tem que ter suas figuras folclóricas. Ao longo desses 15 anos, em pelo menos a metade pude fazer parte desta família (Moacir, dona Maridalva, Moca e o Ângelo) imbuída em torno do jornal A TRIBUNA. Cada edição tem suas particularidades, e isso por fatores adversos. São tantos que fica para ser contado em outra ocasião. Esta edição, por exemplo, foi planejada de uma forma, mas ao longo do tempo sofreu mudanças de ordem editorial, de encadernação, layout, além da data de circulação.
Volta e meia sou surpreendido por ligações feitas à redação, em geral, são leitores perguntando quando vai sair a edição. Quando há atraso, ou por outra, tecendo criticas com algo que não gostou de ver nas páginas do jornal. Mas tem aqueles que vão muito mais além. Como é o caso do Jorge, gráfico responsável pela impressão do jornal.
Jorge é um sujeito de estatura mediana, alegre e brincalhão, além de ser torcedor exíguo do Paysandu. Seus gestos exemplares são dignos destas recordações nestes 15 anos de A TRIBUNA. Além dos adjetivos devidamente atribuídos, Jorge também funciona como nosso calendário. Explico! Quando está prestes a completar uma quinzena, período de circular do jornal, ele prontamente nos liga: “o jornal tá pronto? Quando passo aí para levá-lo para rodar?”.
Jorge Pedro Souza (artigo: Por que as notícias são como são? Construindo uma teoria da notícia) afirma que a notícia é um todo: que ela começa quando se decide pautá-la, passando pela apuração até a publicação. Baseando-me no pensamento de Pedro Souza, nossos leitores, colaboradores, anunciantes e o Jorge fazem parte do processo de produção de notícia e da grandeza deste jornal.
Muitas das vezes, o jornal ficou pronto próximo a datas comemorativas, ou mesmo de feriados. Ligamos para o Jorge, para ver a possibilidade do jornal se prensado em tempo relativamente curto. E ele sempre nos surpreende arrumando um jeito e nos entregando o jornal em tempo hábil.
Mas Jorge tem um hábito que nos intriga: quando há demora na entrega e queremos saber o que está acontecendo, e ele não atende o celular; e quando o atende, diz que já está chegando, e isso se estende por horas...
É nesse ambiente saudável – numa pequena redação localizada na Avenida Barão do Rio Banco próximo a 1º de Maio – que se fundem a soma de esforços, de superação, de dedicação que cada um da forma mais simples se doa em prol de A TRIBUNA. Desta forma completamos 15 anos, com a certeza de que ainda vamos muito mais longe, contando, claro, com o calor humano de quem tem força de vontade de fazer bem feito aquilo que gosta. No nosso caso, levar a informação que você, leitor, deseja.

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