Vai que cola!
A
máxima de que “nada se cria, tudo se copia” continua em voga e a inspirar a
classe política brasileira mais e mais, principalmente os que a Operação Lava
Jato têm revelado. Quando seus nomes são citados nas investigações, ou nas delações
premiadas, é de praxe a boa imprensa procurar ouvir a fonte, seus assessores ou
ainda seus advogados, para darem explicações. Se bem que dá explicações não é
uma tarefa fácil, e se o acusado/citado tem culpa no cartório, pior ainda!
Cada
animal, cada ser, busca na própria natureza os meios para sua autodefesa e
sobrevivência. É a lei da selva, inclusive a de pedra. No meio animal, a avestruz,
é um bom exemplo disso: ela encosta a cabeça no chão para ouvir melhor a
aproximação de predadores, na verdade uma tática utilizada como camuflagem,
pois, deixa à mostra apenas o corpo coberto de penas, de longe, parece um
arbusto. Às vezes dá certo; quando dá errado: é devorado. A exemplo do que a
Lava jato tem feito. Pouquíssimas camuflagens têm logrado êxitos.
Quem
tem o habito de ler ou assistir aos telejornais já percebeu que a camuflagem
utilizada pelos políticos quando são citados ou denunciados são comuns e
repetitivas, já viram até clichês: “meu cliente é inocente e vai colaborar com
a justiça, com as investigações; só me pronunciarei quando for notificado
oficialmente; ou ainda, só falarei em juízo”. É uma tática momentânea para
desviar o foco. Às vezes, não vale a pena ouvir de novo, mas faz parte da regra
o jogo. A democracia tem dessas coisas, antes de uma eventual condenação, qualquer
juízo de valor prévio é crime.
É
àquela coisa: um dia da caça, outro do caçador! Na selva de pedra, os que gozam
de imunidade, mandato, com mais poderes e influências vão além, se utilizam de
artifícios e procuram obstruir as investigações, empurrando e manobrando para
escapar ileso. A camuflagem tem dado certo para alguns até certo tempo; uma
hora o predador vence. É com esse consenso na busca de bom senso e da
prevalência da justiça sobre a ilegalidade que a maioria da sociedade se apoia e
torce para que o fim seja nessa ordem. Para
muita gente o fato da avestruz enfiar a cabeça no buraco quando se sente acuada
não passa de lenda, como nos desenhos infantis. No mundo real o número de
camuflados aumentando em escala geométrica, se continuar assim, logo, logo, faltará
espaço para tanto buraco; assim como ocorre com os cemitérios públicos país a
fora. Mas neste acaso é outra história. Afinal de contas, nada é para sempre e os
caciques de Brasília ainda bem não são eternos. Ufa!##THO HG
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