O mês do (des)gosto
promete!
Por Haroldo Gomes
O mês de agosto chegou! São os
primeiros dias, a primeira semana. E o que isso tem a ver com sorte e azar? Aparentemente
nada! Depende mesmo da superstição de cada um. É que virou mania postagens com mensagens
de textos e imagens circulando nesse início de semana nas redes sociais e aplicativo
de mensagens instantâneas viralizando estereótipos ao oitavo mês do ano.
Tudo
não passa de crendice. Em Portugal, as mulheres não casavam em agosto,
na época em que os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras.
Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e, às vezes, até mesmo
viúva. Já na Alemanha, as mulheres não acreditam no poder mágico da superstição.
Tanto que lá, as moças sonham casar no mês de agosto. Na Argentina, não é
aconselhável lavar a cabeça durante todo o mês de agosto. Quem lava a cabeça em
agosto está chamando a morte.
Crendices a parte, o mês do azar vai
registrar muitas coisas boas, como o Dia dos Pais; e aqui, no Pará, no dia 15,
uma segunda-feira, correrá um feriado prolongado. E para quem torce pela
moralidade política do país está aguardando fatos importantes. Como o
impedimento da continuidade na vida política de Dilma Rousseff e Eduardo Cunha.
Agosto é o mês do desgosto é um
trocadilho advindo da cultura nordestina que se soma com o mais conhecido que caiu
no gosto popular: “a gosto de Deus”, dando conta de que tudo fica por conta do
acaso. Um exagero metafórico.
Quanto aos nomes dos meses do ano,
cada um tem os seus porquês historicamente falando. É sabido que os romanos deram ao mês o nome de agosto, numa homenagem ao
Imperador Augusto. Quando ao mito do azar, ele chegou ao Brasil trazido pelos colonizadores
portugueses. E pelo jeito ele viralizou e ganha cada vez mais adeptos.
Crenças e superstições a parte, fato é
que o tempo é mês não vão parar. Só não dá para afirmar se a seleção de Neymar
vai conquistar o título que lhe falta. Muito menos se Dilma vai voltar, ou
ainda se o choro sem lágrimas de Cunha foi capaz de contagiar seus pares e absolvê-lo.
Só uma coisa é dada como certa: o mês de agosto tem dia e hora para acabar, que
é em 31, às 23 horas e 59 segundos. Até lá, muitas coisas ainda vão acontecer, de
preferência que seja mais as coisas boas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário