sábado, 7 de janeiro de 2017

REPORTAGEM_DA_SEMANA_07_01_2017_THO HG

Aos 83 anos, hoje o povo te abraça 
mais forte, Santa Izabel do Pará
Complexo esportivo: principal cartão postal da cidade, na entrada, sentido de quem vem de Belém.
Uma vasta programação artístico-cultural marca durante todo o dia de hoje (7) as comemorações de aniversário dos 83 anos de Santa Izabel do Pará. Localizada às margens da BR 316, o município é conhecido na região e até fora do país como a cidade dos igarapés, além da ampla vocação para o turismo ecológico e também pelas iguarias feitas a partir da farinha de tapioca. Seu povo mira o futuro sem abrir mão dos  valores socioculturais.
O clima de festa por parte dos cidadãos contrasta com a missão que seus gestores terão pela frente, que é superar ou mesmo minimizar problemas estruturais como saúde, segurança e geração de emprego, fazer com que os munícipes não se desloquem para outros municípios em busca de oportunidades.
Seu Itamar Fernandes Ribeiro, memorialista, escritor e ex-prefeito, no alto de seus 77 anos, não hesita em afirmar que “hoje não há muito o que comemorar. Houve um tempo que sim; mas hoje não! A cidade parou no tempo”. Ainda segundo ele, “nos últimos dez anos que o município começou a dar os primeiros passos para deixar de ser um centro agrícola, uma vez que o comércio vem procurando acompanhar e atender as necessidades do izabelense e de pessoas de outros municípios que aqui vem fazer compras”.
Esse misto de resgate da memória, preservação e desenvolvimento futurístico se funde com os valores culturais, sociais e familiares que se encaixa perfeitamente a um projeto estético chamado “izabelismo”, desenvolvido pelo jornalista e escritor Luiz Augusto Paixão (31) com um grupo de amigos. Para Augusto, aos 83 anos, Santa Izabel, tem muito o que comemorar, sim. “Mesmo o nosso povo não tendo muitas oportunidades aqui, a maioria vai e volta. Essa é uma marca que vem desde o início da sua história, mesmo com tantas adversidades, quem vai, em geral retorna, por ser o melhor lugar para se viver. Essa é a nossa grande marca”.

Convergência
“Uma prova do que falei anteriormente sobre a falta de oportunidades, com relação à geração de emprego e renda pode ser comprovada a cada quatro anos, como agora, você não pode nem circular pelos corredores da prefeitura e secretarias, toda cheias de pessoas em busca de uma ocupação, e esse local ainda é a Prefeitura”, exemplifica seu Itamar. O jornalista Augusto completa, “essa é uma marca das elites dominantes que se revezam no poder há décadas e utilizam este artificio com fins eleitoreiros. Para acabar com isso, o remédio é o exercício pleno da cidadania e a educação para tirar a cidade desse atraso e colocá-la no caminho do desenvolvimento pleno”. Porém, seu Itamar enxerga pontos positivos e avanços, a exemplo das culturas hortifrutigranjeiras, que juntas colocam a cidade como uma das mais bem assistidas, chegando, inclusive, a exportar seus produtos para outros estados, além de gerarem emprego e renda.
Foto 1, seu Itamar Fernandes; ao lado, na foto 2, o jornalista e escritor Luiz Augusto Paixão.
O que os define izabelense hoje?
“O senso de humor do izabelense como antídoto para superarmos as adversidades da vida cotidiana”, Luiz Augusto Paixão.
“Sou suspeito em falar. Para mim é o melhor lugar do Mundo. Digo isso porque o povo me deu a oportunidade de ser seu representante. Coisa que jamais havia imaginado. E por isso sou muito grato a Santa Izabel e ao seu povo”, Itamar Fernandes Ribeiro. 

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