quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O RPM está de volta, agora, com revoluções eletrônicas


by Haroldo Gomes.
O RPM está de vota ao batente com o CD Elektra, lançado em 2011. O quarteto conta com a mesmo formação de 25 anos atrás, liderado pelo baixista e vocalista Paulo Ricardo. Completam o naipe Paulo Pagni (batera), Luiz Eschiavon (teclados) e Fernando Deluqui (guitarra). Embusca de abandonar o senimento nostaugico oitetista, eles radicalizaram produzindo um trabalho com batidas eletrônicas misturadas à pegada rock. Por algns instantes tive a sensação de estar ouvindo Pet Shop Boys.
Elektra é um CD duplo com produção de Paulo e Schiavon. O primeiro traz as músicas inéditas, o outro as canções que fizeram da banda uma referência no cenário roqueiro nacional. Se a batida a princípio nos deixa desconfiados, por outro lado, as letras trazem o otimismo deque nem tudo está perdido, quando o assunto são mensagens atuais e críticas. Estética musical quase em desuso hoje em dia.
Particularmente a canção que nos remete à qualidade das letras, característica peculiar da banda, sem sombra de dúvidas é “Muito tudo”. A locução adverbial do título nos dá uma dimensão de exageros e contrastes sociais, típicos de países emergentes: “É muita informação e pouco conteúdo, é muito grave, muito médio, muito agudo, é muita pretensão e muito pouco estudo (...) eu queria mudar o mundo pra você, mas às vezes sinto que o mundo muda por quê?”.
Para os integrantes da banda, a mudança é rotulada como uma roupagem moderna. Paulo Ricardo preferiu definiu assim: “O rock é um clássico. A música eletrônica é jovem, tem idade para ser filha dele. É uma linguagem que se renova rapidamente. Então, este update eletrônico no que a gente faz é natural”.  
Das 13 faixas do novo trabalho apenas cinco foram disponibilizadas pela banda para ser baixadas pela internet. Só agora o CD começou a bombar entre os fãs e admiradores da banda. O trabalho tem ainda hits como “Dois olhos verdes” e “Crepúsculo”. Vale a pena conferir.

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