Polícia Civil desarticula quadrilha que fraudava CNH no Pará
A Polícia Civil continua as investigações que até agora
já mandou 22 pessoas para a cadeia, todas envolvidas na fraude da emissão de Carteira Nacional de
Habilitação (CNH), no Estado. Mais uma incursão foi realizada ontem, dia 10, e
redundou na prisão de mais 11 pessoas suspeitas de envolvimento em esquema de
fraudes.
Segundo informações da Polícia Civil (PC), as
prisões fizeram parte da segunda fase da Operação "Galezia", que teve
início no dia 20 de agosto em parceria com o Departamento de Trânsito do Pará
(Detran-Pa), Ministério Público Estadual, e é realizada em oito cidades do
Pará, e também no Tocantins.
Ainda de acordo com a PC outras 25 pessoas, entre
servidores públicos do Detran-Pa, ex-servidores, filhos de servidores,
despachantes e donos de autoescolas, são investigados e serão indiciados no
inquérito policial. E que ainda outras quatro pessoas continuam foragidas. A
Justiça determinou o afastamento das funções dos servidores do Detran-Pa
suspeitos de envolvimento no esquema pelo prazo de até 30 dias.
Como tudo começou...
As investigações iniciaram com o levantamento feito pela Corregedoria do
Detran, que constatou o número de 28 mil processos de transferências
domiciliares de Tocantins ao Pará de pessoas que pediram mudança de jurisdição
do documento de habilitação sob alegação de mudança de endereço. Metade dos
pedidos verificados, eram para cidades do Sul do Pará, principalmente Redenção
e Xinguara. Todos tiveram os documentos de habilitação expedidos.
Por conta disso, a operação foi realizada em Redenção, Xinguara,
Conceição do Araguaia, Santana do Araguaia, Ourilândia do Norte, São Félix do
Xingu e Tucumã, sudeste do Pará; em Paragominas, no Nordeste do Estado, e na
cidade de Pedro Afonso, em Tocantins. Do total de presos até agora, sete são
servidores públicos dos Ciretrans do Pará, dois são donos de Centros de
Formação de Condutores e uma psicóloga dona de uma clínica em Pedro Afonso.
Como funcionava...
O esquema começava em outros estados, principalmente
no Tocantins, que enviavam para as circunscrições de trânsito do Pará processos
de expedição de carteira de motorista de pessoas que, segundo a quadrilha,
estariam se mudando para o sul do estado.
As pessoas que seriam beneficiadas pela fraude apresentavam
comprovações de exames médicos e psicológicos, supostamente feito em outros
estados, que eram enviados para o Pará junto com comprovantes de residência
forjados, para obter a carteira de habilitação. Centros de Formação de
condutores também participavam do esquema, expedindo certificados falsos de
conclusão do curso de habilitação.
Com estes documentos, os servidores das
circunscrições do estado expediam certificados que comprovavam que as pessoas
haviam feito as provas teóricas e práticas de direção veicular sem a presença
dos candidatos.##THO HG
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