sábado, 7 de fevereiro de 2015

Assessoria de Imprensa - Parte IV

No capítulo anterior falei sobre quais as garantias da pauta emplacar? Por que, então, contratar uma assessoria de imprensa? Neste capítulo, falo sobre um tema recorrente, mas que poucos conseguem se sair bem diante dela: a crise. Para muitos é uma forma de trampolim para o sucesso. Seja como for, crise é crise e merece atenção!

Como gerir as crises

Crises (quaisquer que sejam as suas proporções) podem acontecer a qualquer hora com qualquer empresa, seja ela pequena ou grande, o fato é que nunca, ou quase nunca são esperadas. Saber administrá-las pode render bons frutos à empresa: como reputação e credibilidade. Claro, uma vez superada a crise. A assessoria de imprensa tem o papel de intermediar, de buscar soluções e zelar pelo nome do assessorando (empresa).
É bom lembrar que uma vez instalada a crise, não existe fórmula imediata, ou na pressão que vá resolver como num passe de mágica. Por isso, é fundamental que a empresa tenha uma boa equipe formada para lhe dar com situações extremas, e, claro, que haja um plano de comunicação para medidas emergenciais.  
E quando ela ocorre é preciso fazer os ajustes e aperfeiçoá-los. Se na rotina da assessoria inclui um briefing (coleta, reunião e organização das informações necessárias para desenvolver um projeto. Etapa tão importante que, a partir dele, poderá ser definido se este projeto será um case de sucesso ou um fracasso) de comunicação diária à imprensa. Em situações de crise, a melhor coisa a fazer é ser cooperativo e honesto e fazer o que for preciso para facilitar a cobertura jornalística.
Se rende, a mídia vai noticiar sobre os acontecimentos com ou sem a colaboração da assessoria. É de seu próprio interesse participar da matéria (mesmo que seja uma matéria negativa) para que a sua posição seja corretamente apresentada. Caso contrário, o que pode acontecer é a mídia divulgar que a autoridade “não respondeu às nossas perguntas”, o que só alimenta suspeitas e rumores. O que não é bom para a empresa e pode distanciá-la de seu público.
Suponhamos que há uma denúncia de que sua empresa está poluindo os mananciais da comunidade onde ela está instalada. Um jornal de grande circulação quer averiguar e, claro, ao invés de ligar diretamente no celular do diretor da empresa, entra em contato com a assessoria de imprensa. E agora? Como a empresa deve se posicionará diante da denúncia? O diretor dará uma entrevista coletiva? Emitirá apenas uma nota? Ou resguardará absoluto silêncio?
A decisão deverá ser tomada juntamente com a assessoria de impren­sa. Caso, eles conjuntamente, decidam que a melhor solução é con­ceder a entrevista coletiva, o assessor fará todos os trâmites para que ela ocorra. Além disso, o assessor deverá preparar o diretor/gerente/presidente (assessorando) para que durante a coletiva não come­ta nenhuma gafe. Porém, se for decidido que a melhor opção é emitir uma nota, a assessoria de imprensa será responsável por sua elaboração. Caso a decisão final seja de manter silêncio absoluto sobre o assun­to, a assessoria de imprensa comunicará a decisão aos jornalistas é demais órgão de imprensa.
Hoje em dia, com a presença cada vez mais efetiva das redes sociais, tentar abafar um problema não é a melhor solução. O Twitter e o Facebook são ferramentas imprescindíveis para alertar e informar ao público de forma rápida e eficaz quando a notícia precisa ser veiculada de última hora.
A assessoria de imprensa não possui bola de cristal e muito menos é Deus para saber quando crises vão acontecer. Entretanto, estar atenta para situações desagradáveis com um bom plano de comunicação é o primeiro passo. Por isso, sua empresa precisa de uma boa assessoria de imprensa.  

LEMBRETE: a comunicação é fundamental para a administração bem-sucedida de uma crise, e a melhor maneira de ser eficaz é estar preparado antes que uma situação de crise ocorra.

Todo mundo almeja o sucesso, com os eventos públicos e privados, não são diferentes. A organização de eventos será o objeto do nosso próximo encontro. Até lá!
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Haroldo Gomes é jornalista profissional, graduado pela Universidade da Amazônia (Unama), tem mais de 10 anos de experiência em assessoria de imprensa, uma das vertentes que mais absorve profissionais em comunicação (relações públicas, jornalistas e publicitários).

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