Estórias de Carnaval e o bloco dos SEM...
Sem sombra de dúvidas esse foi
o Carnaval em que a maioria dos prefeitos brasileiros resolveu participar do
bloco dos Extremados Pela Crise (EPC): segundo os quais “sabiamente” decidiram priorizar
setores vitais como saúde, segurança e o salário dos servidores, que ao Carnaval.
Onde houve, as com comemorações foram bem mais modestas que em anos de vacas
gordas. Aliás, ainda tem muito servidor público que sequer recebeu o décimo,
imagine o mês de janeiro, que já desfilou na avenida do calendário. Neste
quesito: nota zero!
Na comissão de frente, em
ano de eleições municipais, tem muitos políticos mais preocupados em fazer lobby
com os eleitores e garantir a reeleição. Daí a contensão de gastos e o
pensamento no bem-estar do cidadão. O eleitor deve ficar atento, colocar as
barbas de molho, nada é sem intenção, de graça ou por acaso.
Em apenas um lugar do país a
previsão é de carnaval o ano inteiro. Se você pensou na Bahia, enganou-se. Esse
lugar é Brasília. A rima não foi intencional, apenas peculiaridades da língua!
O ano começou repentinamente
com a veiculação de noticias boas. Não porque é carnaval, e sim porque é ano de
eleição. Até a mãe natureza pegou carona no bloco e vem dando sua contribuição,
as chuvas até então escassas, chegaram com força total, fazendo com que a
tarifa da energia elétrica baixasse, pelo menos foi o que já anunciou o
governo.
A presidente Dilma Rousseff foi
à cerimônia de abertura do ano Legislativo no Congresso, por quê? As vaias durante
sua fala ao pedir a integração dos poderes pela aprovação do Imposto do Cheque,
ou CPMF, que tem o caráter de arrecadar fundos para tampar os bueiros abertos
pela gastança indiscriminada, foi uma boa demonstração da intenção do Governo
Federal. Como disse anteriormente, e reforço: nada é por acaso.
A ideologia humanista, lá do
século XV, disseminou o pensamento de que o homem é a medida de todas as coisas,
e pelo jeito ela continua a inspirar muitos homens até hoje. Um de seus maiores
expoentes da época, Gil Vicente, dizia que “rindo, corrigem-se os costumes”. Por
meio da arte, do teatro, ele acreditara que poderia fazer com que as pessoas
mudassem seus hábitos se vendo na crítica feroz encenada por meio de suas
peças.
Carnaval é um estado
de espírito que não se restringe às grandes festas – sejam elas públicas ou
privadas –. Porém, no deste ano, sem carruagem os cães não latiram e muito
menos os foliões seguiram atrás do trio elétrico. Já que ambos não passaram.
Nem por isso pode-se dizer que não houve Carnaval. Quase todos saíram mesmo no bloco
dos SEM, claro, cada um à sua maneira. Afinal de contas, já estamos na
Quaresma, período que sugere renúncia: qual é a sua? Qual é a deles?##THO HG
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