quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

CRÔNICA DA SEMANA_11_02_2016_##THO HG

Estórias de Carnaval e o bloco dos SEM...

Sem sombra de dúvidas esse foi o Carnaval em que a maioria dos prefeitos brasileiros resolveu participar do bloco dos Extremados Pela Crise (EPC): segundo os quais “sabiamente” decidiram priorizar setores vitais como saúde, segurança e o salário dos servidores, que ao Carnaval. Onde houve, as com comemorações foram bem mais modestas que em anos de vacas gordas. Aliás, ainda tem muito servidor público que sequer recebeu o décimo, imagine o mês de janeiro, que já desfilou na avenida do calendário. Neste quesito: nota zero!
Na comissão de frente, em ano de eleições municipais, tem muitos políticos mais preocupados em fazer lobby com os eleitores e garantir a reeleição. Daí a contensão de gastos e o pensamento no bem-estar do cidadão. O eleitor deve ficar atento, colocar as barbas de molho, nada é sem intenção, de graça ou por acaso.
Em apenas um lugar do país a previsão é de carnaval o ano inteiro. Se você pensou na Bahia, enganou-se. Esse lugar é Brasília. A rima não foi intencional, apenas peculiaridades da língua!
O ano começou repentinamente com a veiculação de noticias boas. Não porque é carnaval, e sim porque é ano de eleição. Até a mãe natureza pegou carona no bloco e vem dando sua contribuição, as chuvas até então escassas, chegaram com força total, fazendo com que a tarifa da energia elétrica baixasse, pelo menos foi o que já anunciou o governo.
A presidente Dilma Rousseff foi à cerimônia de abertura do ano Legislativo no Congresso, por quê? As vaias durante sua fala ao pedir a integração dos poderes pela aprovação do Imposto do Cheque, ou CPMF, que tem o caráter de arrecadar fundos para tampar os bueiros abertos pela gastança indiscriminada, foi uma boa demonstração da intenção do Governo Federal. Como disse anteriormente, e reforço: nada é por acaso.
A ideologia humanista, lá do século XV, disseminou o pensamento de que o homem é a medida de todas as coisas, e pelo jeito ela continua a inspirar muitos homens até hoje. Um de seus maiores expoentes da época, Gil Vicente, dizia que “rindo, corrigem-se os costumes”. Por meio da arte, do teatro, ele acreditara que poderia fazer com que as pessoas mudassem seus hábitos se vendo na crítica feroz encenada por meio de suas peças.
Carnaval é um estado de espírito que não se restringe às grandes festas – sejam elas públicas ou privadas –. Porém, no deste ano, sem carruagem os cães não latiram e muito menos os foliões seguiram atrás do trio elétrico. Já que ambos não passaram. Nem por isso pode-se dizer que não houve Carnaval. Quase todos saíram mesmo no bloco dos SEM, claro, cada um à sua maneira. Afinal de contas, já estamos na Quaresma, período que sugere renúncia: qual é a sua? Qual é a deles?##THO HG

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