terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

CRÔNICA DA SEMANA_02_02_2016_##THO HG

Quem não se comunica, se complica!

As redes sociais ainda causam estranheza e geram muitas polêmicas, assim como dividem opiniões quanto ao seu de forma indiscriminada. Muitos afirmam que ela vicia e deixa o usuário dependente. Mas como qualquer meio de comunicação está passivo de críticas, afinal de contas, a comunicação interpessoal nunca foi encarada como uma tarefa fácil. Prova disso que hoje em dia a maioria das pessoas se comunica mais por meio virtual através das redes sociais.
As controversas são geradas porque muitas pessoas, ou pelo menos a maioria, não define a finalidade quanto ao uso das redes e a maneira de se relacionar com as pessoas que estão do outro lado. Para eu, ela funciona como uma terapia. Quando acesso, divirto-me e riu das coisas engraçadas que são postadas a todo instante, como charges, fotos e mensagens tirando onda com o sistema, o governo, artistas, jogadores de futebol etc.
Mesmo em meio às perspectivas nada animadoras da economia e da inflação brasileira, eu recebi de uma amiga um post, via aplicativo de mensagens instantâneas de celular está semana, tendo como exemplo de sucesso e superação o mosquito mais pop do momento: o Aedes Aegypti. Dada sua versatilidade em transmitir doenças, as que lideram o ranking são a Dengue e o Zika Vírus.
Dizem que nós, os brasileiros, temos a fama de sermos alegres e divertidos mesmo. Estou quase convencido disso. Segundo Mcluhan (1964) “assim como a metáfora transmite e transforma a experiência, assim fazem os meios de comunicação”. Que estão aí para nos desafiar!
Só mesmo o humor para nos aliviar de tantas agruras e fatos ruins como os que vêm ocorrendo. Segundo o IBGE, o país atingiu a triste marca de 8,6 milhão de pessoas desocupadas. Por conta disso, a informalidade incha de pessoas que buscam a qualquer custo renda para se manter, honrar seus compromissos em dia.
Tirar o carro da garagem tá complicado, a gasolina já ultrapassou os R$ 4. E se mesmo assim, com tudo isso, você já saiu de casa e está na rua, redobre os cuidados, os assaltantes também foram afetados com a crise, nem aquela aliança de noivado ou casamento eles estão mais dispensando. Muito complicado!
Mas vamos ao conteúdo do post, citado anteriormente, antes que a zika nos acometa!
“Não reclame da crise. Trabalhe. Seja criativo. Faça como o Aedes Aegypti, que começou pequeno e hoje é bem sucedido com quatro produtos no mercado”. Outro dia no Jornal Nacional assisti uma matéria sobre um rapaz vestido de garçom debaixo de um sol escaldante vendendo água mineral no meio da rua, em um cruzamento da grande São Paulo. Sorridente e atencioso chamava a atenção das pessoas que por ali passavam. Perguntado pelo repórter sobre o novo ofício, não titubeou, afirmou que está ganhando bem e que na crise percebeu o quanto pode ser mais eficiente e ganhar muito mais do que no trabalho que tinha até ser demitido, meses atrás.
Longe das metáforas que buscam definir as redes sociais, a nossa forma de se comunicar e da premissa de que é na crise que as oportunidades surgem, uma coisa não mudou: quem não se comunica, se complica! E em tempos da escassez de empregos, de inflação, de recessão, as redes sociais podem ser também uma boa oportunidade para se ganhar dinheiro, suas possibilidades e abrangências são enormes. Mas se você não tem lá essa intimidade com ela para ganhar dinheiro, que tal assumir uma função mais acessível, que cresce a cada dia: os “promonautas”? Quem navega com frequência se depara facilmente com mensagens do tipo: clique aqui e concorra a isso ou àquilo; compartilhe e ganhe descontos etc. Só não leve ao pé da letra a metáfora do Aedes, que esse mata. Se você fizer isso, a coisa vai ficar ainda mais complicada.##THO HG

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