Agora sabemos o que os homens fazem no bar
Confesso que fiquei curioso quando o Moacir
Silva me disse, “Hagagê, tenho um presente pra você”, há cerca de duas semanas.
E feliz da vida quando me presenteou com o livro “O que os homens fazem no
bar”, do escritor Jaime Freire Campo.
O Jaime conheço dos tempos
da Biasom, por intermédio do próprio Moacir Silva, isso quando eu iniciara no
jornalismo. E lá se vão alguns anos. Meu caro, Jaime, não quero bancar o
crítico literário, embora também seja cronista, jornalista e graduando em Letras.
O livro fala por si mesmo. Haja vista que foi prefaciado pelo ilibado Tenório
Nascimento.
Quero mesmo é elogiar, parabenizar-te,
e te dizer: que bom que o teu eu lírico assassinou o poeta e abduziu o
cronista. Que, aliás, é um misto de tudo, de todos os outros gêneros. Prova
disso que falas com propriedade sobre várias temáticas, com leveza, clareza e
ritmo.
É, Jaime, de fato, ninguém
envelhece impunimente. As letras, o gênero crônica ganharam um aficionado
lapidado pelo tempo, apaixonado e emotivo que narra com olhar clínico as indagações
suas e de muita gente sobre o lugar em que vive. Dando vida, dando voz aos seus
leitores.
Muitas de suas crônicas já
havia lido – uma vez que durante alguns anos fui diagramador de A Tribuna –
onde muitas foram publicadas. E as que não havia lido, me permiti lê-las
lentamente, como quem degusta um bom vinho.
Quanto ao seu local de
inspiração, quem já leu a obra, já descobriu que além de vender bebidas para
pessoas que riem e falam alto, ele tem muitas finalidades. Uma delas é inspirar
a produção literária. Seu livro não me deixa mentir.
Ler é criar e recriar imagens.
Escrever é caminhar pelo mundo da imaginação. Quanto ao seu livro, Jaime, não
me canso de bebê-lo. Então, tim! tim!
Por Haroldo Gomes
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