Novas tecnologias chegam todos os dias como uma revolução irreversível em nossas vidas. Em pouco tempo ninguém mais consegue viver sem elas. Em qualquer comunidade Brasil a fora por mais longínqua que seja está conectada, ou acelerando esse processo. Quem consegue ficar distante do celular, laptop, tablete etc.? São companhias inseparáveis. Tornaram-se nossa segunda pele.
A quantidade de funções aumenta e o tamanho dos aparelhos diminui. O sentido plausível que explica o consumo cada vez mais corrente atende por mobilidade. No ano passado à venda de smartphones superou a de PCs. Em todo o mundo foram vendidos 488 milhões de celulares inteligentes contra 415 milhões de computadores.
O Brasil tem hoje mais aparelhos de celular que pessoas. Tudo que acontece no mundo, em nosso País, em nossa cidade circula em fração de segundos pelas redes sócias e sites de notícias. Os celulares e computadores portáteis são protagonistas da difusão midiática de informação.
Ficar de fora dessa imensa aldeia global é como ser colocado em uma prisão em regime fechado. E o público é cada vez mais jovem. Tenho conversado com alguns pais e o relato é quase sempre o mesmo: filhos havidos ao consumo de celulares com acesso à internet e com bluetooth, e notebooks. A cada dia aumenta o contingente de pessoas à procura de fazer parte do mundo digital.
Reeducar-nos ao exercício da comunicação interpessoal e sermos menos individualistas nos parece complicado; algo como tese de doutorado em sociologia ou antropologia. Mesmo que pese no bolso, essa cultura perpassa valores como o econômico. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações [Anatel] o único Estado da federação onde há menos de um celular por habitante é no Maranhão. No ano passado o crescimento de linha por habitantes cresceu 18,33% e os responsáveis por esse impulso foram as regiões Norte e Nordeste. O Brasil tem hoje mais 124 celulares para cada cem habitantes.
O consumo desenfreado desses acessórios eletrônicos inseparáveis é desencadeado pelo bom momento econômico que vive o País. Por outro lado, lamentavelmente se houver um blackout, ou ficarmos sem acesso à internet durante dias, milhares de pessoas que só se comunicam por meio de celulares, tabletes e laptops, tornar-se-ão pessoas ainda mais solitárias em busca de luz no fim do túnel.
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