Nem cara, nem coroa!
A moeda que o governo federal jogou no rumo da incerteza caiu
em pé. E agora, presidente Dilma e, ministro da Fazenda, Guido Mantega?
A inflação está acima da meta que eles previram há cerca de um
ano, o que vem reduzindo gradativamente o poder de compra dos brasileiros, em
especial o paraense, além do aumento considerável do dólar ajudam a elevar os rumores
de medo e dúvidas. A inflação é um termo da economia, é inanimado por que não
pode ser visto até que se coloque a mão no bolso.
Neste sentido o brasileiro estava acostumado com o Real, nos
últimos anos, a procura-lo, e ele estava lá. Firme e forte.
Em parte, a política econômica do governo petista foi pensada
só na bonança e na estabilidade da moeda brasileira frente ao dólar; que se
encontrava em baixa, devido à crise em que os EUA se encontravam. Mas eles se
ergueram para desespero nosso!
Com taxas de juros baixas, redução de IPI de vários produtos
– como eletroeletrônicos e veículos automotores - e ampliação de linhas de crédito
e financiamentos elevaram uma falsa classe média a adquirir bens e imóveis para
pagamento a longo prazo.
Com o revés, chegou a ressaca, as contas. Como honrar os
compromissos se o dinheiro está escasso?
É evasivo e desesperador ouvir o discurso do ministro da
Fazenda Guido Mantega, que tenta amenizar a onda de medo e especulação
argumentando: “nós podemos garantir à dona de casa brasileira que ela não vai
ter elevações extraordinárias em preços. Estaremos evitando aumentos. Não se
preocupem. Estamos vigiando a inflação e ela não será obstáculo para que nós
continuemos nossa trajetória de crescimento, mesmo com esses problemas
cambiais”.
Crescimento que tem havido de concreto só na lista de pessoas
negativadas nos órgãos de proteção ao crédito, como no SPC e a Serasa. A culpa
é nossa, é bem verdade, nunca em nosso país o cidadão viveu um período de moeda
estável e com poder de compra lá em cima. Deu até para fazer turismos na
Europa.
Mas ainda há uma lição por ser feita: aprendermos mais sobre educação
financeira, de como utilizar o dinheiro de forma racional. O tempo com ele foi
curto. Voltar a minguar as compras no carrinho do supermercado todo início de
mês é algo quase inaceitável que o brasileiro imagina que não volte mais.
Se as previsões dos economistas estiverem erradas, serão
necessárias mais que mudanças de hábitos e costumes. Só se compreende a inflação
na prática, que é quando dói no bolso na hora de consumir.
##Por Haroldo
Gomes
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